POR HEITOR OLIMPIO E RAFAEL BORTOLOTI
Sem tempo a perder e em busca de recuperar o tempo perdido. É assim que a diretoria do Flamengo encara o mês de dezembro. O objetivo é já pensar (em alguns casos, forçada, é verdade) na temporada de 2021, que começa menos de uma semana após o término do Brasileirão, em fevereiro do próximo ano. Em pauta, estão renovações, contratações, vendas e a famosa “barca”. Veja caso a caso:
Diego Alves: A diretoria, claro, tem uma enorme gratidão pelo camisa 1. Ele está “fechado” com o técnico Rogério Ceni, é querido ainda pela torcida e pelos companheiros de clube, que pressionam a diretoria pela renovação. As chances dele ficar são muito, mas muito pequenas e as partes já não conseguem ver o goleiro na Gávea no ano que vem.
O Flamengo ofereceu um aumento e dois anos de contrato, Diego Alves pediu mais aumento e três anos de vínculo, mas depois os envolvidos chegaram a um meio-termo. Quando tudo caminhava para um acordo, o financeiro do Fla vetou. Tudo isso estremeceu a relação. O contrato dele vai até o próximo dia 31.
Caso realmente não fique, o Fla irá apostar em goleiro experiente, para brigar por posição com Hugo Neneca. César é outro que deve sair: a diretoria entende que ele não teve boas atuações nos últimos anos e a intenção é vendê-lo.
“Barca”: Diante da queda das receitas de 2020, o Flamengo pensa em se desfazer de alguns atletas, mas todos terão uma segunda chance para convencer a diretoria do contrário. Os zagueiros Léo Pereira, Gustavo Henrique, os laterais Renê e João Lucas, o volante Arão e o atacante Michael estão nessa lista. A diretoria até aprova alguns nomes, mas acha melhor se desfazer por “pressão” da torcida. O primeiro deve ser o atacante Lincoln, com a venda para o Pafos, do Chipre, bem encaminhada.
A ideia da diretoria é vender todos, por um preço justo e que, claro, cubra os investimentos feitos. Caso contrário, podem ser emprestados ou vendidos a valores inferiores, mas importantes para ajudar o caixa do clube.
Pedro: A compra do atacante está evoluindo, mesmo sem a entrada da grana que viria ao passar no mata-mata da Conmebol Libertadores. O atacante está emprestado pela Fiorentina, da Itália, até o fim deste ano e os valores giram na casa dos 15 milhões de euros (cerca de R$ 94,1 milhões), sendo um já pago em janeiro deste ano. Faltam resolver detalhes burocráticos, além do mais importante: será à vista, como querem os europeus, ou parcelado, como pode o Flamengo?
