Fluminense e Palmeiras protagonizaram um jogo de nível muito baixo nesta quarta, no Maracanã. O empate por 1×1, válido pela 2ª rodada do Brasileirão, acabou sendo um resultado justo pela equiparação da mediocridade entre ambos. O Tricolor não tem um grande elenco. Odair Hellmann, em sua curta carreira, também não tem um trabalho vistoso ofensivamente. Já o Verdão possui material humano mais farto e tem Vanderlei Luxemburgo à beira do campo. Ele prometeu algo bem diferente quando foi contratado pelo clube. Até aqui não entrega nem sombra disso.
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Odair seguiu sem Matheus Ferraz no seu miolo de zaga. Luccas Claro mais uma vez foi titular. Yuri foi sacado, Dodi recuado, e Michel Araújo entrou no meio. Fred foi o titular na referência ofensiva e Evanilson iniciou aberto pela esquerda. Marcos Paulo perdeu espaço. Luxemburgo mexeu bastante no Palmeiras. Weverton, Felipe Melo e Gustavo Gómez foram desfalques. Patrick de Paula, Willian e Ramires começaram no banco. Luan e Vitor Hugo formaram a zaga, Jailson entrou na meta. Bruno Henrique, Raphael Veiga e Zé Rafael entraram no meio. Gabriel Menino jogou aberto à direita.
Não bastasse o péssimo gramado do Maracanã, Palmeiras e Fluminense contribuíram técnica e taticamente para um 1º tempo muito desinteressante. O Verdão, mesmo com mais potencial e investimento alto na montagem do elenco, preferiu esperar a iniciativa do Tricolor. Marcava forte a partir da metade do campo com seus encaixes dentro do setor e travava o já limitado time da casa. Desta forma roubou uma bola e abriu o placar.
Fred, totalmente fora de ritmo, recuou até a linha média para receber de costas e foi atropelado por Vitor Hugo, que roubou a bola. Zé Rafael serviu Luiz Adriano em profundidade e ele bateu no canto de Muriel aos 14 minutos. O gol mostrou a região do campo onde o Fluminense mais trocava passes. A entrada do campo de ataque, mas sem nenhuma profundidade ou movimentos coordenados no ataque.
Os laterais ocupavam a amplitude, Evanilson e Nenê flutuavam pra dentro, tentavam receber de Michel Araujo, Dodi ou Yago Felipe entre as linhas, mas não se desmarcavam corretamente, e ainda padeciam da lentidão e pouca verticalidade do trio de meio. O Palmeiras tentava explorar contra-ataques, mas errava constantemente ao retomar a bola.
Fred saiu lesionado aos 32′. Marcos Paulo entrou e o garoto Evanílson foi jogar de centroavante. O Fluminense seguia mal ofensivamente, mas pelo menos tinha mais vitalidade e movimentação no ataque. À base de um passe forçado de Egídio e resvalado por Marcos Paulo, Evanilson fez um bonito giro em cima de Viña e marcou um lindo gol para empatar de canhota.
O Palmeiras em fase ofensiva também oferecia muito pouco. Uma tremenda decepção pelo material humano que tem. Luxa ainda inverteu Gabriel Menino e Rony de lado para tentar mais profundidade pela direita, mas nada acontecia. Era um time totalmente aleatório para atacar. Dependente da individualidade de cada atleta.
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Pouca coisa mudou na 2ª etapa. Apenas uma chance clara de gol foi criada e desperdiçada de forma incrível por Luiz Adriano. Ganso entrou pelo Fluminense. Lucas Lima, Willian, Gustavo Scarpa e Patrick de Paula pelo Palmeiras. Todos eles são criativos, mas o futebol de hoje mudou. Empilhar atletas talentosos e esperar que eles por si só criarão algo não é mais aconselhável quando se precisa de criação regular.
Neste recorte, Odair precisa sim ser cobrado. O Fluminense pode jogar mais. É um time pobre de ideias ofensivas, mas a comparação com Luxemburgo é até desleal. Olhar o elenco do Palmeiras e acompanhar o futebol jogado chega a dar tristeza. Certamente o torcedor alviverde mais atento não está nada contente com o rendimento do time, não se ilude com título estadual.
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