A semana não está das melhores para o Atlético-MG. Após ser derrotado pelo Cruzeiro no último domingo (11), sem demonstrar um bom futebol novamente, o Galo viu os problemas aumentarem, mas, desta vez, fora de campo. Isso porque o clube foi condenado a pagar os volantes Adilson e Rafael Carioca.
Somando a condenação envolvendo o caso de Adilson (R$ 4.115.000) e Rafael Carioca (R$ 750 mil), o valor chega a R$ 4.865.000. Nas duas situações, cabe recurso ao Atlético-MG.
Caso Adílson
O valor a ser pago a Adilson é de R$ 4,115 milhões. A decisão foi tomada pela juíza do Trabalho Andressa Batista de Oliveira, da 5ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, em julgamento na última segunda-feira. O pedido total pelo ex-Galo é de R$ 11, 6 milhões; esse valor abrange, entre outras coisas, salários, multas, danos morais. A decisão cabe recurso para ambas as partes.
Conforme informou inicialmente a Rádio Itatiaia e confirmou o Esporte News Mundo, o valor decidido pela juíza Andressa Batista de Oliveira cobre os salários e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de agosto e dezembro de 2019, cláusula compensatória correspondente aos salários mensais devidos em todo ano de 2020, 13º salário de 2019 e férias integrais de 2018 e 2019, acrescidas de um terço.
O volante Adílson chegou ao alvinegro em 2017 e, no final de 2018, renovou seu vínculo com o clube até 2020. Em 2019, no entanto, descobriu um problema cardíaco e se afastou dos gramados. Após a despedida forçada como jogador, Adilson assumiu o cargo de auxiliar técnico do clube, cargo que desempenhou entre julho e dezembro de 2019.
Depois da chegada de Rafael Dudamel, em janeiro de 2020, que pediu a chegada de outros profissionais, Adilson foi afastado pelo clube. A partir daí, ambas as partes se voltaram para a rescisão contratual e o ex-jogador levou o assunto para a justiça.
Rafael Carioca
A segunda condenação do Atlético-MG é em ação ao volante Rafael Carioca. O volante, que joga atualmente pelo Tigres, venceu o clube alvinegro na 32ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. O jogador cobrava R$ 2.884.967,72, mas o valor conseguiu ser diminuído até R$ 750 mil.
Rafael Carioca acionou o Atlético-MG na Justiça ainda em agosto de 2019 e no ano passado o clube já havia sido condenado a pagar R$ 750 mil ao volante. Porém, o jogador entendeu que deveria receber mais por conta de direitos de arena, FGTS, férias, adicional noturno e descanso semanal remunerado e, por isso, o atleta retornou à Justiça pedindo R$ 2.883.967,72.
No entanto, na última terça-feira (13), a Justiça definiu que a condenação fosse a mesma que pedida inicialmente.
Rafael Carioca defendeu o Atlético-MG entre 2014 e 2017, disputando 172 jogos e marcando cinco gols. O volante tem a Copa do Brasil de 2014 em seu currículo, além de dois Campeonatos Mineiros (2015 e 2017). Em agosto de 2017, o jogador foi negociado para o Tigres, onde atua até hoje e, inclusive, disputou a final do Mundial de 2020.
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