Seleção Brasileira

Dorival Júnior é apresentado como técnico da Seleção: ‘Satisfação e emoção’

(Foto: Staff Images/CBF)

Treinador foi apresentado nesta quinta-feira (11) pela CBF

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Nesta quinta-feira (11), a CBF apresentou seu mais novo treinador: Dorival Júnior. Após passagem pelo São Paulo e conquistado o título da Copa do Brasil, o treinador agora comanda a Seleção Brasileira após a saída de Fernando Diniz.

– É uma satisfação, estou sinceramente emocionado, depois de tudo que eu vivi, de tudo que eu passei. E principalmente nos últimos seis, sete anos, conseguindo vencer dois momentos de muitas dificuldades dentro da minha casa, do meu lar. A minha esposa com um câncer muito agressivo, logo em seguida eu também fui diagnosticado. Isso me fortaleceu ainda mais e pude repensar pontos da minha carreira. São praticamente 54 anos em que o futebol vive dentro da minha casa. Estou com 61 anos, com seis anos de idade eu já vivia dentro um vestiário da Ferroviária de Araraquara. Meu pai era diretor de futebol. E aquilo me chamava atenção, já estava dentro daquele garoto. Eu viajava com a delegação, acompanhava todos os treinos –começou Dorival.

A Seleção não vem de uma boa fase. Nos últimos nove jogos, venceu apenas três (33% aproveitamento), empatou uma (11%) e perdeu cinco (56%), marcando 15 gols (média de 1,67 g/j) e sfreu 14 (média de 1,56 g/j).

Diante disso, Dorival comentou sobre a fase recente da Seleção e que precisa buscar rapidamente uma equipe confiante para que então, a confiança venha,

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Foto: Staff Images/CBF

– Tudo pode ser aproveitado e acredito que uma reciclagem acabe acontecendo e proporcionando dificuldades um pouco maiores. Finalizamos uma Copa e logo em seguida iniciamos uma preparação para um momento seguinte. Natural que teríamos dificuldades. Não imaginávamos que enfrentássemos tantas. Não quer dizer que podemos buscar algo diferente. O futebol não muda. Comportamentos precisam ser repetidos. Muito diferente de um clube: você joga hoje e amanhã já reapresenta buscando melhorar os erros. Todos encontram um caminho, temos que encontrá-lo também. Temos que acelerar esse processo. É buscar, rapidamente, ter uma equipe mais confiável, que passe essa segurança para nós.

– O mais importante é voltar a encontrar uma estrutura que facilite essa recuperação. Eu sei que foram resultados complicados, o momento foi complicado. Eu imagino o esforço que o Fernando tenha feito para encontrar soluções. E às vezes com toda a entrega não consegue encontrar. Vamos fazer o melhor para encontrar um caminho. Vamos encontrar um equilíbrio para a partir daí termos outra conduta em busca da nossa classificação e de disputa direta de mais um título.

Confira outros trechos da apresentação de Dorival Júnior na Seleção

Você é um técnico que faz “Feijão com Arroz?”

– Eu fico muito tranquilo. Minha primeira equipe, o Figueirense, depois a quarta equipe, o Figueirense, a décima equipe que foi o Santos de 2010, a penúltima o Flamengo, a última o São Paulo. Todas jogavam de uma forma diferente. Então esse feijão com arroz tinha sempre um tempero diferente de cada estado. Eu ajudei a salvar seis equipes grandes do rebaixamento. E cheguei a decisões importantes de competição. Não voltei três vezes ao Flamengo, duas ao Santos, duas ao São Paulo por acaso. Foi porque deixei algo plantado. Se foi um feijão, ou se foi um arroz, eu acho que agradei. E retornar é muito difícil. Em algumas eu havia ganho campeonatos, em outras não.

Emoção em ser técnico da Seleção

– Quando eu deitei, fiquei pensando qual seria a pergunta (Kiomi Nakamura, repórter japonesa setorista da Seleção). Eu nunca planejei minha vida. Mas eu esperava muito estar aqui. Eu vi muitas entrevistas dos meus técnicos, Leão, Parreira, Felipão. E dos meus amigos que estiveram aqui: Fernando, Tite, Mano. E imaginava que poderia estar aqui um dia representando o povo brasileiro como treinador da seleção. A partir de segunda-feira, o presidente vai começar a me cobrar.

Sobre o estilo de jogo

– Em todas as equipes, eu me adaptei à equipe. Nunca chego com sistema pré-estabelecido. Prefiro identificar o tenho à mão e depois empregar um sistema. Números para mim são relativos: 3-5-2, 4-3-3, para mim isso é balela. Quero defender com maior número possível e defender com o maior número possível de jogadores. Muito difícil falar agora entre os sistemas do Fernando, do Ancelotti, até porque eles estão em clubes. E dentro de uma seleção é um pouquinho diferente. Esse encaixe é fundamental, para que na prática as coisas deem encaixe.

Convocação para a Copa América (Meio do Brasileirão)

– Sofri bastante com tudo isso, mas nunca tirei a possiblidade de um profissional estar à frente do seu maior sonho. Em 2016, o Santos disputando a ponta do Campeonato Brasileiro. De repente, nas Olimpíadas perdemos o Gabigol, Zeca e Thiago Maia. Na sequência, Copa América, mais três jogadores do Santos convocados. Foi um problema muito sério, e o Santos ainda conseguiu um vice-campeonato daquela competição. Sei o quanto pesa a saída desses jogadores, mas o quanto são importantes na Seleção. Temos que ter equilíbrio entre necessidade e a vontade do seu clube. Mas não é fácil. Já vivi o outro lado e agora vou ter que pensar dessa forma e me colocar na situação do outro treinador, do lado oposto. Não são situações fáceis.

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