Antes da paralisação do Campeonato Carioca, devido a pandemia do novo coronavírus, o Madureira realizou uma campanha sólida, figurou na parte de cima da tabela e se manteve forte por uma vaga na Copa do Brasil e na Série D. No primeiro turno, o Tricolor Suburbano ficou a dois pontos de avançar à semifinal. E na Taça Rio, o bom ritmo foi novamente mantido: vice-líder do Grupo B, com duas vitórias em três jogos.
A sólida campanha de 2020 ganha ainda mais relevância quando comparada ao péssimo rendimento de 2019. No referido ano, o Madura ficou próximo de ser rebaixado à Seletiva, se salvando na última rodada, com um triunfo de 3 a 0 sobre o Bangu. Vice-artilheiro com três gols, Ygor Catatau, que estava presente na temporada passada, conversou com o Esporte News Mundo sobre o panorama abordado e ressaltou os bons resultados.
“O Madureira não foi muito bem no Carioca do ano passado, mas nesse ano a equipe mostrou muito comprometimento, principalmente os jogadores que vieram da base e tiveram mais oportunidades. O grupo é bastante unido e conseguimos os bons resultados também por consequência disso”, explicou o atacante.
É fato que os clubes de menor investimento estão passando por uma situação dramática. Sem receber a última parcela da cota de TV e sem previsão do retorno aos gramados, o Madureira já anunciou a demissão do técnico Toninho Andrade e o encerramento de contrato de mais de 20 atletas. Catatau lamentou o momento delicado, pensou no futuro e manteve a confiança nos próximos passos da própria carreira.
“Essa pandemia do COVID-19 acabou atrapalhando todo mundo. Atletas que estavam em uma sequência muito boa e que buscam oportunidades melhores para o futuro. Está todo mundo em casa, sem treinar com os companheiros e é uma situação muito difícil. Os clubes também sofrem bastante financeiramente, está tudo parado. A gente torce e ora para que isso acabe logo e que volte ao normal, para conseguirmos pensar no nosso futuro e nos próximos passos da nossa carreira”, disse.
Por fim, Ygor Catatau relembrou a infância no bairro da Abolição, na Zona Norte do Rio, e explicou a origem do apelido.
“Meu apelido é de infância. Nasci e fui criado no bairro da Abolição e andava muito com meu irmão mais velho, que sempre foi gordo e alto. Eu era mais magro e pequeno. Então a gente estava passando na rua uma vez e falaram “olha lá, o Catatau e o Zé Colmeia”, e aí pegou. Gostei do apelido e está aí até hoje”, finalizou.
O Campeonato Carioca segue sem previsão de retorno. Porém, Na quarta-feira (15), a Ferj aprovou junto com os clubes a redação final do “Jogo Seguro” – protocolo para a retomada das atividades.