O treinador do Botafogo, Enderson Moreira, foi julgado e sofreu punição pela 5ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em dois jogos pela expulsão na partida contra o Confiança, no dia 24 de julho, pela 14ª rodada da Série B. O comandante alvinegro foi expulso após um conflito com o 4º árbitro, logo em sua estreia como técnico do glorioso. O julgamento foi na manhã desta sexta-feira (20) por vídeo conferência.
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Com essa punição, Enderson estará de fora da próxima partida do Botafogo, jogo que acontece neste domingo (22) contra o Vila Nova, no Nilton Santos, em confronto válido pela 1ª rodada do segundo turno da Série B. Como já esteve de fora pela suspensão automática na 20ª rodada, o técnico só precisará cumprir mais um jogo fora das quatro linhas.
Segundo a rádio Tupi, o Botafogo que foi defendido pelo advogado André Alves, já se manifestou que vai recorrer ao pleno do STDJ, para que assim Enderson possa estar presente na partida contra o time goiano.
O treinador foi denunciado nos seguintes artigos 258 (conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva) e 243-F § 1º (ofender alguém da equipe de arbitragem em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto), porém o segundo acabou sendo descartado pelos julgadores.
Foram três votos pedindo dois jogos de suspensão, e dois votos por três partidas de gancho.
Enderson acabou sendo punido apenas no artigo 258 e 250 (ato hostil), o que acabou acarretando em uma punição menor do que era prevista.
Em seu relato aos julgadores, Enderson Moreira explicou o ocorrido.
– No início do jogo percebi que estava tendo muitos duelos e chegadas e o árbitro estava deixando seguir. Falei ao quarto-árbitro para que ajudasse o colega, porque se continuasse assim o jogo poderia descambar para a violência. Nesse momento, ele falou que estava sem comunicação com o árbitro porque o rádio quebrou. Nós todos do futebol investimos muito, é o meu ganha-pão, temos muita atenção em cada detalhe. O clube investe muito dinheiro. Essa questão do rádio é muito importante para que eles possam se comunicar. Falei isso educadamente com ele. Antes do cartão amarelo, houve uma falta no meu entendimento e falei com quarto-árbitro: “Ajuda o seu colega, p****!”. Até desculpem pela expressão, mas foi o que eu fale. Aí ele já chamou o árbitro principal para dar o cartão amarelo. Eu realmente fiquei muito chateado com isso, já tinha alertado sobre a situação do jogo, de que poderia ter jogadas mais agressivas. Quando ele me chamou fiquei muito chateado, fiquei revoltado com essa situação, de maneira alguma havia ofendido.
Quando eu falo em apitar vôlei, sou formado em educação física, respeito todos os esportes, mas é porque o vôlei não tem contato. Muitas vezes o árbitro permite contatos que não são permitidos e outros não permitem contato nenhum – explicou Enderson, negando qualquer possibilidade de ter sido recusado a sair de campo – Não tive resistência nenhuma em sair do campo, simplesmente perguntei ao delegado onde poderia ficar. Eles informaram que eu não poderia ir para as cabines ou para arquibancada, eu queria assistir mesmo não podendo mais participar. Foi isso que aconteceu.