Com Fábio Cortez nas últimas três rodadas da Série B, o Vasco vai completar a surpreendente marca de sete técnicos diferentes no comando da equipe profissional ao longo de 2021. É verdade que três deles foram interinos, mas o fato do clube ter precisado de profissionais “tampões” em três ocasiões ao longo do ano – e ter usado três interinos diferentes – demonstra como foi confuso e ruim o trabalho do departamento de futebol no período.
E passaram pelo clube técnicos de diferentes estilos. O Vasco começou o ano com Vanderlei Luxemburgo tentando salvar o time do rebaixamento do Campeonato Brasileiro (ainda de 2020). Vale ressaltar que, mesmo ainda na gestão de Alexandre Campello, o atual presidente Jorge Salgado e o agora ex-diretor executivo de futebol Alexandre Pássaro já participaram da escolha de Luxa para o cargo.
Com a queda do Vasco para a Série B, Luxemburgo não ficou no comando da equipe. E Marcelo Cabo foi o escolhido para tentar levar o Vasco de volta para a elite. Mas, com o calendário apertado, o então treinador do time sub-20 Diogo Siston comandou um time de garotos do Cruz-Maltino nas duas primeiras partidas da atual temporada (as derrotas para Portuguesa-RJ e Volta Redonda pelo Carioca). Depois, Marcelo Cabo assumiu o barco já com o elenco principal.
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Em uma passagem muito irregular, com o time demorando a engrenar na Série B e vindo de uma campanha muito decepcionante no Estadual, Marcelo Cabo deixou o clube na 12ª rodada da competição nacional. Antes da chegada de Lisca, o Vasco foi comandado pelo então técnico do sub-20 Alexandre Gomes no empate em 2 a 2 com o CSA, fora de casa.
Lisca chegou empolgado e logo na sua estreia conseguiu uma importante goleada por 4 a 1 sobre o Guarani. Mas depois a realidade se mostrou diferente, o trabalho voltou a ser irregular e o técnico gaúcho deixou o Gigante na Colina na 10ª colocação da Série B, na 23ª rodada. Dessa vez sem interinos, Fernando Diniz assumiu o cargo logo no jogo seguinte e teve uma boa arracanda nos primeiros sete jogos, dando esperanças de que poderia conseguir o acesso para a Série A com o Vasco. Mas, assim como teve que ascenção rápida, também teve uma queda brusca. Com quatro derrotas seguidas, sendo duas goleadas em casa, Diniz foi demitido na última quinta-feira.
Agora para cumprir tabela nas últimas três rodadas da Série B o Vasco vai contar com Fábio Cortez, assistente técnico da comissão permanente do clube, que já chegou a comandar a equipe em uma partida neste anos, mas apenas porque Marcelo Cabo estava suspenso. Enquanto isso, a diretoria comandada por Jorge Salgado vai atrás de um vice-presidente de futebol, um CEO e um diretor de futebol para, depois, escolher o profissional que será o responsável por começar a temporada de 2022 no cargo de treinador do clube.
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Confira os números dos seis técnicos anteriores
Luxemburgo: 11J – 2 V, 4 E, 5 D
Diogo Siston: 2J – 2 D
Marcelo Cabo: 29J – 13 V, 10 E, 6 D
Alexandre Gomes: 1J – 1 E
Lisca: 12J – 4 V, 1 E, 7 D
Fernando Diniz: 12 J – 4 V, 3 E, 5 D