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Exclusiva: Milton Nienov, ex-Figueirense, fala sobre seu futuro e temporada no futebol africano

Foto: Divulgação/Young Africans SC

Há mais de uma década, o preparador de goleiros, Milton Mienov, trabalha no futebol africano e nesta temporada está próximo de aumentar mais ainda sua lista de conquistas por lá. O ex-Figueirense, é um nome muito respeitado dentro do Young Africans, time onde trabalha, que é líder do Campeonato da Tanzânia.

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Em entrevista exclusiva para o Esporte News Mundo, Milton deu seu ponto de vista das grandes diferenças entre o futebol brasileiro e o futebol africano, que para o preparador, erra muito com as crianças.

“O futebol brasileiro é mais estruturado e tem resultados expressivos mundialmente. Isso facilita para que as crianças pratiquem o esporte desde cedo com acompanhamento de técnicos capacitados. Já as categorias de base dos países africanos onde trabalhei [África do Sul e Tanzânia], com raras exceções, têm estruturas precárias e treinos pouco organizados, passados por profissionais não capacitados. Isso resulta em um desenvolvimento inadequado dos jovens.”

Milton trabalha fora do Brasil há quase duas décadas e já indicou que não pretende permanecer nessa função de preparador de goleiros por muito tempo, ele tem o desejo de se tornar auxiliar ou até técnico. Seu sonho é que isso aconteça no Brasil.

“Pretendo começar a minha carreira de treinador assim que meu contrato acabar aqui na Tanzânia, no final de junho. Possuo todas as licenças da CBF Academy e tenho estudado muito sobre futebol e tudo relacionado a este cargo. Meu objetivo é começar em um clube brasileiro, mas estou aberto a trabalhar em outros países para mostrar minha capacidade e competência. Espero trabalhar em grandes clubes e conquistar títulos, sempre buscando ajudar os jogadores a evoluir profissionalmente e como seres humanos.”

O continente africano é muito famoso por revelar diversos atletas históricos para o mundo do futebol: Drogba, Mané, Salah, Yaya Touré e etc, também conta o grande marco histórico de ter sediado uma Copa do Mundo em 2010, sendo até hoje um dos torneios lembrado com maior carinho pelos fãs do futebol. Milton contou como os africanos levam o futebol.

“Sempre tendo como referência a África do Sul e a Tanzânia, países onde trabalhei e trabalho, as torcidas são muito fanáticas. O futebol é o esporte número 1 dos dois países. Na África do Sul, o campeonato possui clubes com nível de uma Série A e alguns com nível de Série B. A estrutura dos estádios é muito boa, pois sediaram a Copa do Mundo de 2010 e continuam bem cuidados. Na Tanzânia, temos três clubes com nível e estrutura de Série A do Brasil: Simba, Azam e Young Africans, onde trabalho atualmente. Os demais, infelizmente, são de um nível abaixo. Sobre os estádios, com exceção do Estádio Nacional Benjamin Mkapa, a maioria ainda não tem boa estrutura. Sobre o meu clube em específico, o Young Africans, temos a grande chance de conquistar uma competição continental, que é a Copa das Confederações da CAF. Seria um título inédito para o clube e para o país.”

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Nesta temporada de 2023, o Young Africans, time de Milton, está muito próximo de ser campeão nacional da Tanzânia e tem chances de vencer outros dois torneios continentais. O preparador afirmou que está pronto para adicionar mais um capítulo para a sua história riquíssima na África.

“A minha expectativa é a melhor possível. Estou trabalhando com toda a minha experiência e meu melhor nível para fazer com que os goleiros possam dar a sua parcela de colaboração. Estamos buscando três títulos [Liga da Tanzânia, FA Cup e Copa das Confederações da CAF]. Temos grandes chances em todas as competições e seguimos com muito foco, dedicação e respeito aos adversários.”

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