Dias agitados pairam os bastidores do Santa Cruz. Não é para menos, visto que o tricolor foi rebaixado para a Série D e vai voltar a disputar a última divisão do futebol brasileiro após dez anos. Além disso, o clube, que teve em 2021 o pior aproveitamento de toda sua história, não disputará a Copa do Brasil de 2022, e não tem vaga garantida na Copa do Nordeste do próximo ano, já que antes terá que se classificar no pré-Nordestão.
Diante desses resultados, um grupo de conselheiros que fazem oposição ao presidente Joaquim Bezerra, conforme apurou a equipe de reportagem do Esporte News Mundo, projeta viabilizar um pedido de impeachment do mandatário coral. São 52 nomes, cerca de 35% do conselho do clube, que tentam, por meio legal, afastar Joaquim do cargo.
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Em relação as questões burocráticas para abrir o impeachment, a comissão jurídica do conselho deliberativo do clube alega que, por enquanto, não há base jurídica que permita a abertura do processo. Entretanto, uma das lideranças do grupo de oposição, Fabio Melo, conselheiro conhecido do clube, alega que a comissão jurídica serve apenas como fonte jurídica, e não teria força para “barrar” a iniciativa.
Ainda em conversa com o Esporte News Mundo, Fabio Melo falou sobre um almoço, que tem previsão para acontecer nessa terça-feira (21), com ex-presidentes do Santa Cruz. Entre eles estariam Zé Neves, presidente do clube no biênio 2003/2004 e Mirinda (1993/1994), que é o atual vice-presidente de futebol do clube.
O antecessor de Joaquim, Constatino Jr, que presidiu o Santa Cruz de 2018 a 2021 (período que foi prolongado por conta da pandemia), também foi convidado para o encontro, mas ainda não confirmou presença. A ideia da reunião é convencer Joaquim Bezerra a renunciar.
A equipe de reportagem do Esporte News Mundo também conversou com Marino Abreu, presidente do Conselho Deliberativo do clube, que atendeu à nossa reportagem e falou sobre alguns movimentos que rondam o conselho do Santa Cruz. Confira no áudio abaixo:
Joaquim foi eleito em fevereiro com 63,76% dos votos dos sócios votantes do tricolor, sendo o segundo candidato da oposição a vencer uma eleição na história do Santa Cruz.