Amanda Francisco, de 32 anos, é a capitã e uma das principais peças do elenco do Sesc RJ Flamengo, equipe de vôlei que foi criada após a fusão do Sesc RJ com o Flamengo. Em entrevista exclusiva ao Esporte News Mundo, a ponteira falou sobre a chegada do Rubro-Negro ao Sesc, sobre o futuro do esporte depois da pandemia e também das expectativas para a próxima temporada.
Amandinha chegou ao Rio de Janeiro Vôlei Clube em 2004, quando ainda era conhecido como Rexona/Ades. Depois de onze temporadas e oito títulos da Superliga pelo Rio – que ficou conhecido como Unilever entre 2010 e 2014 – a ponteira foi para o Brasília Vôlei.
Após duas temporadas, a atleta chegou ao Dentil/Praia Clube, onde levantou mais uma vez o título de campeã da Superliga. E depois de uma temporada no Barueri, Amandinha retornou ao Rio de Janeiro para atuar pelo Sesc RJ, hoje Sesc RJ Flamengo, o antigo Rio de Janeiro Vôlei Clube.
Confira a entrevista exclusiva da Amanda ao Esporte News Mundo:
Como a entrada do Flamengo mudou o Sesc?
Fiquei muito feliz com a chegada do Flamengo fazendo essa parceria. Espero que seja uma parceria muito vitoriosa e de longa data, porque a gente acredita que o Flamengo tenha esse olhar também pra todos os esportes. A gente sabe que é um clube que tem muita força, na expectativa das pessoas que gostam do Flamengo, e, junto com o SESC, acho que são patrocinadores que gostam e se dispõe a valorizar o esporte nacional e essa missão do voleibol que só vem a agregar.
Qual a expectativa para a próxima temporada?
Vai ser uma temporada de muito trabalho. A gente sabe que algumas peças foram modificadas, mas a filosofia não muda. Sempre em busca do melhor trabalho, do trabalho diário, da responsabilidade também de saber do nosso posicionamento no campeonato. Então tentar aos poucos, e com muito empenho, fazer o nosso melhor nessa temporada 2020/21.
O que você espera para a próxima Superliga e qual é a expectativa desse novo vôlei pós-pandemia?
Tem essa expectativa também de como serão os próximos passos né. Em relação aos jogos, a gente entende e espera também que todas as equipes estejam buscando os melhores protocolos de treinamento, de testagem, de dar segurança. O Sesc RJ Flamengo tem essa prioridade, essa preocupação diariamente, então a gente sabe também que todas as outras equipes devem estar nessa busca, nessa preocupação, e os atletas também. Então, durante os jogos, a gente não sabe ainda quais serão os protocolos, mas entende que vai ser realmente um ‘novo normal’, de testagem, de talvez um tato, cumprimentar… Talvez não dê pra fazer. A gente espera. Ver como é que vai ser, olhar os protocolos de outros esportes pra ver se tem alguma mudança, pra gente visualizar alguma coisa. Vai ser um ano com muitas novidades, claro, tudo em prol da segurança e da responsabilidade da gente recomeçar. Com tudo certinho, pro máximo de segurança pros atletas e todos os envolvidos, teremos um campeonato ainda mais seguro.
Como a paralisação da Superliga e a quarentena te afetaram?
A quarentena foi difícil porque pegou todo mundo de surpresa. Mas em determinado momento acho que a maioria buscou tentar produzir nesse período. Eu, particularmente, tentei estudar muita coisa que eu não tinha tempo, então coloquei algumas coisas em dia realmente, fiz alguns cursos, leituras. Então eu tentei produzir nesse sentido, porque durante o campeonato a gente fica: treina, come, dorme e não consegue fazer tanta coisa. Fiquei mais tempo com a família, com meu marido, embora não tenha tido a possibilidade de ver meus pais, pois eles moram em Natal, mas a gente [a família] conseguiu fazer bastante coisa juntos. Era um período que eu provavelmente estaria viajando com a Seleção, mas acho que foi muito importante também esse momento de família, de tentar produzir de outra maneira e visualizar também essa parte educacional que eu sempre gostei. Então foi muito importante nesse sentido. Tentar fazer coisas positivas pra agregar na vida pessoal e tudo mais.
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