O Flamengo terminou a preparação nos Estados Unidos com saldo positivo na avaliação do técnico Tite, mas com a responsabilidade de se recuperar na tabela do Campeonato Carioca. Em entrevista à FlaTV, o comandante fez um balanço da viagem do Rubro-Negro aos EUA.
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Com o time principal ocupado com as duas partidas em solo norte-americano, contra Philadelphia Union e Orlando City, um elenco alternativo foi usado nos dois últimos jogos do estadual. O time principal atuou apenas na vitória por 4 a 0 sobre o Audax na estreia.
Enquanto os comandados de Tite venceram time de Philadelphia por 2 a 0 e empataram com o Orlando por 1 a 1, os garotos do Ninho, ao lado de alguns reservas, conquistaram dois pontos nas três primeiras rodadas do estadual, deixando o time apenas na oitava colocação.
— Na medida que a gente deixa e dá a oportunidade para garotos jovens estarem surgindo e estarem participando, ou no caso do Matheus (Cunha), do Pablo, do Thiago (Maia), do Matheuzinho, estarem participando juntamente com jovens, participar sem um poderio técnico maior do Campeonato Carioca te tira, daqui a pouco, uma possibilidade de ter vencido, teoricamente, os jogos. Em contrapartida, ela nos dá aqui a oportunidade de fazer todo um trabalho físico intenso, das relações de trabalhos táticos, do desenvolvimento contra equipes que elas têm um nível técnico maior – justifica o comandante.
O elenco principal realiza a última atividade em solo estrangeiro nesta terça-feira (30) antes de voltar ao Brasil já com a cabeça no clássico contra o Vasco no próximo domingo (4). Segundo Tite, a viagem serviu para testar as peças e aprimorar a parte física ainda com tempo suficiente para não comprometer negativamente o desempenho no Carioca.
A maior novidade é Nicolás De La Cruz, principal reforço do Rubro-Negro e um dos maiores nomes da janela de transferências do Brasil. Tite falou sobre a adaptação do uruguaio e do ponto que gera mais expectativa neste início de temporada: o papel de De La Cruz no meio-campo flamenguista.
— Nas relações humanas ele é muito tranquilo. Eu tenho o cuidado, por vezes, de quando falar, falar de uma forma mais pausada para que eles compreendam bastante aquilo que estou falando. Então, conversando com ele, ou conversando com o Varela, o próprio Erick, que eu falava mais devagar, mais “despacito”, que ele conseguia compreender mais a linguagem, as orientações, e a atenção, o cuidado que a gente tem que ter para direcionar.
— E a outra questão é da qualidade técnica individual. Ele é um jogador que pode jogar como um jogador de articulação, tanto central como do lado para dentro. Por vezes, na seleção uruguaia, joga como um meia mais avançado, na função do Arrascaeta, mas tem, sim, nessa tripla função, segundo meio campista, externo, com liberdade de jogar, ou um meia mais avançado, ele tem essa versatilidade. O que ele tem é a qualidade técnica individual, o que ele tem é uma mobilidade muito grande.
Outro ponto positivo na avaliação da comissão foi a recepção do torcedor flamenguista nos Estados Unidos. A torcida foi aos jogos e ao CT prestigiar o time de Tite, que destacou o carinho recebido em Orlando.
— O carinho do torcedor é uma coisa importante. O torcedor de clube, eu vou falar do Flamengo, mas também eu amplio, ele é extremamente apaixonado. É diferente a relação com a seleção. A seleção é nos momentos mais importantes, nos clássicos mais importantes. O flamenguista é o tempo todo, a hora toda, o momento todo desse carinho. No último jogo também a gente teve a possibilidade de retribuir.
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O próximo compromisso do Flamengo, dessa vez valendo três pontos, é o Clássico dos Milhões. O Rubro-Negro ai a São Januário enfrentar o Vasco pela quinta rodada do Carioca no domingo, dia 4, às 19h, em um jogo de invictos.
O Vasco é o atual quarto colocado, abrindo a zona de classificação do estadual com oito pontos. Com um jogo a menos e cinco pontos conquistados, o Flamengo tenta se aproximar do G-4 no retorno de Tite.
