Flamengo e Fluminense ficaram no 0x0 no segundo jogo da semifinal do Cariocão. O Rubro-Negro, que venceu a ida por 2×0, garantiu a classificação na final. Dentro de campo, em partida muito física, o Tricolor teve mais posse de bola, mas não levou muito perigo, com apenas uma finalização no gol. O Flamengo alcançou a sexta final de Campeonato Carioca seguido, enquanto o Fluminense chegou ao décimo terceiro clássico sem vitória, pior marca da história do clube.
O Fluminense, que não tinha jogadores importantes como Felipe Melo, Ganso e Cano, começou a partida com mais posse de bola e bastante intesidade para reverter o placar. Porém, nos primeiros 25 minutos não conseguiu converter o dominio em finalizações, com apenas dois chutes para fora, enquanto o Flamengo finalizou três vezes neste período.
Um detalhe tático da equipe de Fernando Diniz, foi o posiconamento de Martinelli como zagueiro e André como primeiro volante, contrariando os prognósticos. Na partida de ida, quando André estava suspenso, Martinelli jogou como primeiro meio-campista (de costas) e teve dificuldades com a pressão e do Flamengo. André, que está mais acostumado com a função, tem mais capacidade de sair da pressão para saída de bola funcionar melhor.
O Flamengo abriu o placar aos 31 minutos, após um lançamento de Rossi para Arrascaeta, que com espaço na ponta esquerda, encontrou Pedro na pequena área. Entretanto, o VAR chamou o árbitro para rever uma falta de Luiz Araújo em Keno, o início da jogada. Após rever o lance, Wagner Magalhães voltou atrás da decisão de campo e marcou a falta, anulando o gol do Flamengo.
O primeiro tempo acabou com o Fluminense mantendo o controle das ações, mas sem criar grandes chances. O Tricolor teve 61% de posse de bola, com sete finalizações, sendo nenhuma no gol. O Flamengo chutou cinco vezes para fora e uma no gol do Fábio. O time de Tite utilizou muitos os contra-ataques, principalmente com as ligações-diretas. Foram 20 lançamentos do Rubro-Negro apenas na primeira etapa a média da equipe neste Cariocão é de 22 por jogo.
Na volta do intervalo, Tite trocou Luiz Araújo, que já tinha cartão amarelo, por Bruno Henrique, que entrou pela ponta-direita. Com isso, o Flamengo perdeu um pouco da intensidade defensiva, mas ganhou velocidade e altura para os contra-ataques.
O início do segundo tempo foi marcado por uma disputa física grande, com muitas faltas e poucas chances de gol. O Fluminense continuou tentando atacar, mas seu principal armador, Renato Augusto perdeu um pouco de energia com o decorrer da partida, até ser substituido aos 16 minutos por Lelê.
Desde essa substituição, o Fluminense cresceu um pouco no jogo, explorando principalmente as jogadas pelo lado do campo, com Keno e Arias. A primeira defesa de Rossi no jogo saiu de uma jogada individual e Keno, pela direita.
Diniz fez algumas alterações, trocando Marcelo e Keno, por Diogo Barbosa e Teran, além de Lucumi e Alexander, por Marquinhos e Manoel. Tite respondeu, com as entradas de Allan e Victor Hugo, nas posições de De La Cruz e Pedro, recuando a equipe para os úlitmos 15 minutos de jogo. O Flamengo ainda perdeu Pulgar, lesionado, e deu lugar para Igor Jesus.
No fim da partida, apesar da mudanças, o Fluminense continuou com dificuldades para levar perigo ao gol de Rossi, apesar da posse de bola. O sistema defensivo do Flamengo se manteve sólido e novamente se mateve invicto. Sob comando de Tite, o Flamengo ainda não sofreu gols em 2024.
O empate em 0x0 garantiu a vaga do Flamengo na final, eliminando seu algoz nos dois últimos anos. Tite terá sua primeira chance de ser campeão pelo Rubro-Negro, contra Vasco ou Nova Igauçu, que decidem a outra vaga amanhã (17).
Já o Fluminense, com a eliminação chegou à 13 clássicos sem vitória, pior marca da história do clube. A equipe também só volta à campo na estreia da Libertadores, dia 3 de abril. O adversário será definido após o sorteio, na próxima segunda-feira.
