Em janeiro, Francis Ngannou subirá ao octógono para defender seu cinturão linear dos pesados do UFC conta Cyril Gane, dono do título interino. Isto após uma série de rusgas entre o lutador camaronês e a organização.
Mas a situação entre o campeão e o Ultimate não está 100% pacífica. O lutador deu entrevista ao programa ‘The MMAHour’Em e afirmou que certas atitudes da organização consigo desde a conquista do cinturão em março conta Stipe Miocic o desagradaram, a principal delas o fato da entidade ter tentado o ‘obrigar’ a lutar em junho.
Segundo Ngannou, o UFC quis que este defendesse o cinturão em junho, mas o camaronês recusou a data porque queria resolver problemas com o visto para entrar nos EUA e chegou a oferecer outras datas. No entanto, a ‘pressa’ do Ultimate em querer um título dos pesados em jogo fez com que o cinturão interino fosse criado.
– Eles deveriam ter me dado tempo para apresentar meu cinturão para minha família, meus amigos e o meu país. Por que a pressa? Nos dois últimos anos, lutei duas vezes e agora tenho que lutar em menos de dois meses? Qual a pressa? Por que eu não tive o tempo que todo mundo tem, que é três ou quatro meses? – reclamou o campeão.
Devido à recusa, a organização criou um cinturão interino, vencido por Gane sobre Derrick Lewis. Mas Ngannou voltou a demonstrar insatisfação com o UFC com o fato de que a promoção de tal luta o deixou com uma ‘má imagem’ perante os fãs, como se tivesse ‘esnobado’ o confronto.
– O que pegou é que, para promover a luta, eles tiveram que me depreciar e dizer que eu tinha saído de férias e que eu poderia lutar quando voltasse. Não, eu queria lutar e eu não estava de férias. E eles usaram um vídeo assim para dizer que eu não queria lutar e que estava de férias. Isso me incomodou porque não é a verdade. Eles só queriam controlar a narrativa, me deixar mal com o público. Eu não teria problema se quisessem fazer o cinturão interino, era só eles não me sabotarem – afirmou o camaronês.
Apesar de poder defender seu cinturão, a situação de Ngannou segue um tanto tensa com o UFC. Em tese, o contrato do lutador se encerraria após a luta de janeiro, mas há nos contratos do Ultimate a chamada ‘cláusula do campeão’, na qual a organização pode estender o vínculo por mais algum tempo. E as conversas para sua renovação não renderam muitos frutos até agora.
– Eu não assinei um novo contrato. Eles tem a cláusula do campeão e estão tentando fazer pressão em mim sobre isso. Eu não assinei um novo contrato é isso o que pega. Acho que isso tem a ver com eu não querer renovar nos termos deles. Isso não dá certo, porque preciso me sentir protegido, tive que viver com dinheiro emprestado nos últimos anos. Ninguém se importa com isso, não tenho garantias ou proteções. Por causa disso, quero ter um contrato melhor, em termos melhores e receber o que mereço – afirmou.