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Fred explica evolução da diplopia, doença que forçou aposentadoria do ídolo do Fluminense

FOTO: MAILSON SANTANA/FFC

O atacante Fred, do Fluminense, fez seu último jogo na noite do último sábado, no Maracanã contra o Ceará, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. A aposentadoria do jogador foi antecipada por causa de um problema de visão que o incomoda desde 2020: a diplopia, ou visão dupla, que faz a pessoa enxergar imagens dobradas e que pode atingir um ou os dois olhos. No caso de Fred, ela é monocular, afetando o olho esquerdo.

Em sua última coletiva, o atacante revelou um problema antes do problema de visão: labirintite. O jogador ainda estava no Atlético-MG quando foi diagnosticado com o problema e explicou como a visão dupla começou a atrapalhar seus rendimentos.

– Em 2017 eu jogava pelo Atlético-MG e comecei a me sentir tonto. Estava em uma fase muito boa, mas o Dr. Rodrigo Lasmar me afastou por uma semana e meia para fazer exames no cérebro. Estava me causando desequilíbrio, eu corria meio que tropeçava, enxergava duas bolas… Foi descartada lesão do cérebro. Depois eu fiz no ouvido, repararam que eu tinha labirintite. Fiquei tomando calmante, algumas coisas para labirintite. Fiquei dois anos e meio assim e voltei para o Fluminense em 2020.

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– Na minha reestreia, a bola sobrou na pequena área. Estava paradinha, eu ia fazer um gol de bicicleta, mas furei a bola. Ali eu chamei o doutor e falei: “Não estou enxergando direito tem dois anos e meio, queria uma ajuda”. Eu levei um médico de um amigo na minha casa, quando ele viu meu pescoço tombado falou: “Isso aí é olho”. Me levou para a Dra. Andrea Zin, e aí passei por aquela cirurgia. Naquele ano, eu estava com grau oito de lesão, em um músculo atrás do olho. Operei e fiquei bem. Joguei Libertadores, Brasileiro, tudo bem. Agora voltou.

– Voltei na doutora e está grau três. Ela falou: “Fred, qual a sua programação? Porque para a vida normal você vive bem. O problema é movimento brusco, tomar encontrão, girar”… Eu optei por não operar, porque não é operatório, e falei que ia confirmar minha aposentadoria. Mas coincidiu com a chegada do Diniz. Ele fez de tudo para eu permanecer, mas reuni todo mundo e abri o jogo. Falei que ia parar, me afastei por 25 dias, precisava desse repouso para ver se ia voltar ao normal ou não, e realmente não voltou. Então optei por parar.

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Já sem Fred, o Fluminense volta aos gramados na terça-feira, (12), contra o Cruzeiro, às 21h, no jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. O tricolor tem a vantagem por ter vencido o clube mineiro por 2×1 na ida.

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