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‘Futebol não é da noite para o dia’, diz técnico do Guarani após nova regra

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Crédito: Thomaz Marostegan / Guarani FC
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Allan Aal, treinador do Guarani, falou publicamente, pela primeira vez, após mudança proposta pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no que diz respeito às trocas no comando técnico na Série B do Campeonato Brasileiro de 2021.

Embora tenha elogiado a regra, inédita no país para esta temporada, comandante do Bugre pediu conscientização das pessoas envolvidas no futebol.

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“A regra da CBF é um passo importante, mas eu acho que o mais importante do que uma regra e uma lei é a conscientização e de que o futebol não é feito da noite para o dia. Ele demanda tempo. Ele demanda trabalho, como qualquer outra profissão. Você não abre uma empresa e, em três ou quatro meses, já tem um lucro. É muito raro e é muito difícil. Então a gente procura trabalhar para que o resultado apareça de imediato. Eu acho que o mais importante do que a regulamentação é a conscientização de que as coisas têm que ser feitas, no futebol, de uma maneira muito convicta, dando certo ou dando errado”, opinou, em coletiva de imprensa.

“Eu digo pelo treinador. Quando você vai para um jogo, tem que ter a convicção de que aquela escalação é a melhor possível. Mesmo dando resultado positivo ou dando resultado negativo, você tem que defender a tua ideia e tem que procurar explicar o que você imagina, como a gente procura fazer nas coletivas. É ter a convicção do que você faz. Então eu vejo que é um grande passo e um passo importante, mas o mais importante é essa conscientização e essa leitura de que o futebol, mesmo sendo uma coisa passional, sendo um envolve passional que envolve pressão e que envolve até mesmo alguns interesses extracampo, demanda tempo para as coisas acontecerem”, acrescentou.

SEM LOUCURAS

Prestigiado junto à diretoria do Guarani, Allan Aal ainda cobrou equilíbrio no comportamento dos profissionais envolvidos no dia a dia da bola, apesar da pressão diária pelo futebol.

“A gente precisa ter esse equilíbrio, principalmente nós que trabalhamos dentro do futebol, comissão, diretoria, presidência, enfim, todo o estafe que está no dia a dia. Precisamos ter essa consciência. Então o mais importante do que uma lei, volto a repetir, eu acho que é você ter um planejamento, ter uma consciência das decisões que você toma e não tomar pelo aspecto emotivo e pelo aspecto emocional. Eu volto a dar um exemplo em relação a mim mesmo. Imagine se a cada crítica ou se a cada elogio eu mudasse uma escalação do time? Nós não teríamos um time definido em nenhuma rodada do campeonato”, afirmou.

“Então essa convicção e assumir essa responsabilidade são muito importantes para que não só a lei, mas que a mudança de mentalidade que já vem provada e comprovada… eu não estou defendendo o meu lado. Tem alguns momentos que, realmente, a troca é necessária, mas vem comprovando que a troca e a solução são muito paliativas. São muito pouco eficazes. Então a gente precisa valorizar o que está sendo feito, mas, ao mesmo tempo, procurar soluções internas e conscientizações internas para que essa troca aí não seja uma constante”, completou.

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