Olimpíadas
Ginastas fazem treino de pódio na Ariake Gymnastics Centre
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Atletas da ginástica artística feminina de vários países conheceram pela primeira vez, literalmente, o clima do Ariake Gymnastics Centre, para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Na arena, com o ar condicionado para amenizar o calor do Japão, as ginastas participaram do chamado treino de pódio, onde testaram os aparelhos que vão competir e também deram aos juízes uma amostra do grau de dificuldade dos movimentos que pretendem realizar na competição.
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No treino desta quinta-feira, as brasileiras Flávia Saraiva e Rebeca Andrade se destacaram na parte coreográfica, com muita técnica, leveza e alegria. Além disso, tiveram uma avaliação positiva, na trave e no solo. As ginastas do time verde e amarelo estreiam em Tóquio na disputa do individual feminino no próximo sábado, 25, a partir das 22h do Brasil.
— A gente começa esse trabalho quando sai o sorteio do primeiro aparelho, aí já começamos a simular isso em treinamento. Começar na trave, é um dos aparelhos mais difíceis. Apesar de não exigir tanto fisicamente, é preciso estar bem psicologicamente e tecnicamente. E hoje elas passaram bem. No solo, que também além de fazer todos os movimentos tem a graça a parte coreográfica, foram bem. No salto, a Flávia conseguiu fazer a dupla pirueta com pouco aquecimento. Não foi tão bom, mas ficou satisfeita. A paralela é um aparelho bem técnico para se fechar, bem difícil de fechar a competição. Mas no geral, gostei bastante — explicou Francisco Porath, técnico da equipe feminina.
Em cerca de duas horas de treinamento as atletas da ginástica artística feminina testaram no ambiente, os aparelhos – salto, trave, barras assimétricas e solo -, a iluminação, a disposição dos árbitros e os rodízios dentro da área de competição.
Rebeca Andrade se destacou com a sua já conhecida apresentação ao som do funk “Baile de Favela”, enquanto Flávia apresentou sua nova música, um remix dos clássicos da MPB Garota de Ipanema, Aquarela do Brasil, Canto das 3 Raças e Canta Brasil, feita pelo produtor musical da Anitta, Rafael Castilho.
— Essa música está aí faz tempo, mas não conseguimos executá-la. Era para ter usado no Pan, mas ela teve uma lesão no pé. Tentamos colocar o máximo de elementos hoje para ver o que o árbitro diz e formar a melhor série, que seja mais competitiva para o ‘dia da disputa — analisou Porath.
Além das brasileiras, quem chamou atenção no treino de pódio foi o a americana Simone Biles. Na última tentativa de salto a ginasta executou quase perfeitamente o movimento, chamado de lança dupla de Yurchenko, que consiste em uma curva em direção ao trampolim, um salto para trás sobre a mesa e, tradicionalmente, um único salto. Até que ela executasse a habilidade no US Classic em abril, nenhuma ginasta havia realizado o movimento em uma competição.