Flávia Saraiva chegou ao Centro de Ginástica de Ariaki para a disputa da final da trave, nesta terça-feira (3), ainda com dores no tornozelo direito. Apesar do problema físico, a ginasta brasileira teve segurança nos exercícios, mas um desequilíbrio durante uma sequência acrobática fez com que ela colocasse as mãos no aparelho, o que configurou uma queda.
O erro no início da apresentação não abalou Flávia, que conseguiu retomar o controle da prova e fechou muito bem a sua participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela terminou a final na 7ª colocação com uma nota de 13.133. No pódio, dobradinha da China com Guan Chenchen (ouro) e Tang Xijing (prata) – notas 14.633 e 14.233, respectivamente. A americana Simone Biles conquistou o bronze – nota 14.000 – e igualou o recorde de Shannon Miller, como as ginastas dos Estados Unidos com maior número de medalhas em Jogos Olímpicos: agora, são sete.
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Flávia Saraiva sofreu uma entorse no tornozelo direito no início da competição, após se apresentar na classificatória do solo. Ela acabou desistindo do aparelho e, com a vaga garantida na final da trave de equilíbrio, foi poupada pela comissão técnica do Time Brasil ao longo da competição.
Em entrevista ao final da prova, Flávia comentou sobre a lesão e o quanto isso a atrapalhou durante a apresentação, em especial no momento em que se desequilibrou do aparelho.
– Eu não sei explicar… Eu só sei que estou com um sentimento de muita felicidade, eu estou muito feliz, porque eu sei o quão difícil foi chegar aqui numa Olimpíada… Não foi só a entorse, foram várias coisas que aconteceram esse ano, então eu já me sinto uma vitoriosa de estar aqui. Eu só tenho o sentimento de felicidade por estar em uma final olímpica, minha segunda final, em um ano tão conturbado… É incrível – falou a ginasta.
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Questionada sobre o que esperar do futuro da ginástica após os resultados conquistados em Tóquio, Flávia Saraiva exaltou o trabalho dos atletas e da comissão técnica. Em relação a sua participação no Campeonato Mundial, a brasileira afirmou que o foco agora é tratar a lesão.
– Eu acho que a ginástica vai vir com muito mais reconhecimento, porque agora nós temos duas medalhas olímpicas no feminino e quatro no masculino, então é um reconhecimento muito grande para o Brasil. Agora eu não estou pensando muito no Mundial, estou pensando mais em mim… Em me recuperar, poder cuidar do meu pé, ver o que tem direitinho, porque ninguém sabe… Então o principal pra mim é me cuidar mesmo – finalizou Flávia Saraiva.
O Campeonato Mundial de Ginástica Artística será realizado em Kitakyushu, no Japão, entre os dias 18 e 24 de outubro. O evento vai acontecer no Ginásio da Cidade e a escolha da nova sede aconteceu depois que a Federação Dinamarquesa de Ginástica desistir de receber a competição na capital Copenhage.
