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‘Gostaríamos de discutir os critérios antes de criar a Liga’, reforça presidente do Fluminense

FOTO: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE
FOTO: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, explicou a posição do clube com relação a criação da Libra (Liga Brasileira de Clubes) – assunto discutido há algumas semanas entre os clubes. Em entrevista ao “Seleção Sportv” na tarde desta sexta-feira, o mandatário tricolor afirmou que existem dois grupos e o principal entrave é a distribuição das cotas.

– É uma discussão técnica. Um grupo quer que seja mais justo de divisão, que critérios devem ser diferentes. Gostaríamos de discutir esses critérios antes de criar liga. Eles entenderam diferente, assinaram um documento. Mas não existe liga assim com nove. Tem que ter os 40 – disse, prosseguindo:

– Eles fazem uma proposta de divisão que é 40-30-30, que é a de hoje em dia. Nem se falam de aporte de investidor na liga, não existe investidor, eles acenam com a possibilidade de ir buscar um investidor. Quando eles buscarem aí sim isso seria discutido. Eles apresentaram uma proposta muito parecida com o que temos aqui hoje em dia, isso criou essa diferença enorme entre os clubes, saiu um estudo esses dias e foi comprovado que essa diferença e esse método só aumenta a diferença entre os clubes – afirmou.

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O grupo referido por Mário Bittencourt é composto por Bragantino, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras, Ponte Preta, Santos e São Paulo. Estes já assinaram para a realização da Liga. Do outro lado, o Fluminense defende um modelo diferente de distribuição de cotas.

O presidente do Fluminense reforçou que a proposta do grupo maior é fazer a divisão em 50-25-25. Segundo Bittencourt, a proposta do grupo menor só “vai deixar os ricos mais ricos”, enquanto o outro grupo quer diminuir a diferença de receita e aumentar os vencimentos.

A diferença de hoje é brutal e a gente quer que a diferença diminua. Óbvio que esses times vão ganhar mais dinheiro, eles tem mais torcida, mais meios de captação, mas a gente quer melhorar. O nosso modelo, por exemplo, não faz o Fluminense ganhar mais que o Corinthians no futuro ou o Flamengo. A distância vai diminuir deles pro Fluminense e do Fluminense pro Cuiabá ou pro Fortaleza. O que a gente tem visto é o seguinte: com a proposta deles, o rico continua mais rico – finalizou Mário.

ENTENDA OS GRUPOS

A criação da Libra não está nada fácil, pois há embate de ideias. De maneira existem dois grupos: Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Red Bull Bragantino, Ponte Preta, Flamengo, Vasco e Cruzeiro são os clubes que concordam com todas os critérios já adotados para realização da Liga e já até assinaram o documento.

Do outro lado, está o grupo “Forte Futebol”, liderado pelo presidente do Athletico-PR, Mario Celso Petraglia, e que também conta com Atlético-GO, Avaí, Brusque, Ceará, CSA, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Náutico, Operário-PR, Sampaio Corrêa, Sport e Vila Nova. Estes grupos não concordam com a divisão e querem discutir.

Há discordância também quando se trata da Série B. No estatuto dos fundadores há cláusulas que repassam de 15% a 20% do total arrecadado para a competição, isso em caso de queda de grandes. Os clubes da segunda divisão, contudo, querem 25% do bolo e parte do total ganho com direitos de TV.

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