O meia Gustavo Scarpa desembarcou no Brasil nesta segunda-feira (13) a fim de resolver questões pessoais ligadas ao golpe milionário que sofreu recentemente. Atualmente, ele defende as cores do Nottingham Forest (ING), mas quando sofreu o golpe atuava no Brasil, no Palmeiras.
A informação foi publicada incialmente pelo Nosso Palestra, que afirmou que a estadia dele no país deverá ser curta, somente para resolver pendências do caso policial. Em 3 de novembro de 2022, ele registrou boletim ocorrência contando sua situação.
No total, o ex-meia alviverde investiu mais de R$ 6 milhões na empresa de criptomoedas XLand Holdinh Ltda, após indicação do ex-companheiro de time, William Bigode, atualmente no Fluminense. O atacante é sócio da empresa WLJC Consultoria e Gestão Empresarial.
A história veio à tona publicamente através de chamada do programa Fantástico, da TV Globo, na última quinta-feira (9) e os detalhes durante o programa deste domingo à noite. Conversas do meia com Bigode, inclusive, mostraram a angústia do atleta, que ouviu do ex-companheiro mensagens de que deveria “orar”.
– Estou triste parça, de verdade. Estou triste porque é meu patrimônio. É meu patrimônio quase todo, eu não posso correr o risco de perder – afirmou para Willian, através de áudio revelado pela reportagem.
A resposta do atacante para Scarpa, no entanto, foi desanimadora. “Scarpinha, agora não tem mais questão de confiança. Agora é orar. Fazer o que sei. Agora é esperar o Senhor”. Diante disso, o meia afirmou que foi orientado pelo advogado a fazer um Boletim de Ocorrência na Polícia, o que de fato veio a ocorrer.
Dono da empresa WJLC, Willian Bigode tinha uma parceria com a companhia acreana de investimentos em criptomoedas Xland. Desta forma, conversou com Gustavo Scarpa e convenceu o meia-atacante a investir valores milionários, prometendo um lucro superior à 5% ao mês. Esse dinheiro, no entanto, nunca retornou ao meio-campista que, percebendo o golpe, afirmou que não acreditava e estava se sentindo horrível por ter caído em um “esquema de pirâmide”.
– Sempre vi as pessoas burras que caíam em esquema de pirâmide, em coisas de estelionatário. Coisas desse tipo. E me ver em uma situação dessas, para mim está sendo horrível – disse Gustavo Scarpa, conforme revelado pela reportagem.
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Além de Scarpa, outros dois ex-companheiros de Willian no Palmeiras também investiram na Xland, sem saber do golpe. O lateral-direito Mayke, por exemplo, colocou mais de R$ 7,8 milhões no negócio, e nunca teve retorno. Até mesmo o goleiro Weverton acabou caindo no esquema de estelionato, mas não teve as quantias individuais reveladas.
No depoimento à polícia, Willian se disse inocente das acusações envolvendo estelionato contra Gustavo Scarpa. De acordo com a defesa do atacante, ele também teria sido vítima da Xland, tendo investido mais de R$ 17,5 milhões.
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Um dos sócios da Xland, Gabriel Monteiro, afirmou que a empresa acabou sendo vítima da falência de uma das principais empresas de criptomoeda do fundo. Em novembro do ano passado, a FTX faliu e teria causado prejuízos milionário para diversos investidores ao redor do mundo, incluindo a companhia em que Gustavo Scarpa investiu.