A surpreendente eliminação da Holanda para República Tcheca, na Eurocopa, foi o fim da linha par ao técnico Frank De Boer, que teve sua demissão confirmada nesta terça-feira (29). Logo após a queda ainda na fase de oitavas de final da competição, uma saída do treinador já era considerada, uma vez que seus resultados não estavam sendo satisfatórios. De Boer já tinha ciência de que uma campanha abaixo do esperado na Eurocopa poderia custar o seu cargo.
Inicialmente, os dirigentes holandeses tinham a intenção de pelo menos chegar às quartas de final do torneio, situação que se tornou muito mais palpável após a certeza de que enfrentariam a República Tcheca, considerada muito mais inferior, na fase de oitavas de final. Em declarações ao site oficial da Real Associação Neerlandesa de Futebol, o diretor de futebol Nico-Jan Hoogma, confirmou que o motivo da demissão de De Boer foi o desempenho abaixo das expectativas.
— Apesar de todos os esforços de Frank, a meta de pelo menos chegar às quartas de final não foi alcançada. Tínhamos apostado num melhor campeonato da Europa, mas não deu certo. A escolha de Frank acabou sendo diferente do que esperávamos. Um sucessor deve ser encontrado após uma boa consulta interna. É importante fazer isso o mais rápido possível. No dia 1º de setembro jogaremos o importante jogo de qualificação contra a Noruega, em Oslo. Agora vamos avaliar mais, de forma mais ampla do que apenas o treinador, aguçar o perfil, fazer o trabalho que se espera de nós aqui — garantiu Hoogma.
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Frank De Boer também falou sobre a sua demissão e admitiu que ele mesmo já esperava deixar o cargo na Holanda, já que o objetivo acabou não sendo atingido. Antes mesmo de ser comunicado oficialmente pela direção, De Boer já tinha em mente o plano de deixar o cargo.
— Antecipando a avaliação, decidi não continuar como técnico. O objetivo não foi alcançado, isso é claro. Quando fui abordado para me tornar técnico nacional em 2020, pensei que era uma honra e um desafio, mas também estava ciente da pressão. Essa pressão só está aumentando agora, e isso não é uma situação saudável para mim, nem para a seleção. Quero agradecer a todos, claro, aos torcedores e aos jogadores. Cumprimentos também à administração, que criou um verdadeiro clima esportivo de ponta aqui — admitiu De Boer.
Ainda em busca de uma classificação para a Copa do Mundo de 2022, no Catar, a Holanda terá um importante jogo diante da Noruega, em setembro. Até lá, os dirigentes esperam finalmente ter um novo treinador. A escolha deverá ser rápida para que o novo profissional possa ter tempo de trabalho, além de colocar a sua metodologia na equipe. Até o momento, não há nomes sendo especulados como sucessores de Frank De Boer.
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