O instituto Mission 44, criado e apoiado pelo heptacampeão da Fórmula 1, Lewis Hamilton, fez nesta terça-feira (5) sua primeira parceria. Num plano inicial de dois anos de duração, o instituto trabalhará com a organização Teach First para recrutar e treinar 150 professores ‘STEM’ negros no Reino Unido.
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A sigla inglesa ‘STEM’ é referente às áreas de: Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. De acordo com o site We Are Teachers, seria uma forma de ensino integrada com conhecimentos teóricos e práticos, com ensinamentos de “vida-real” para os estudantes.
A parceria tem como objetivo aumentar a diversidade dos professores em escolas britânicas. Os números, segundo a ‘Comissão Hamilton’ (outro projeto criado pelo piloto) e o próprio Governo Britânico, 46% das escolas inglesas não tem nenhuma minoria étnica no quadro de professores, e 85,7% dos professores no país são brancos.
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De acordo com o site da Teach First, o trabalho com a Mission 44 também será importante para incentivar e aumentar o número de alunos negros que sigam para essas áreas. Ainda segundo o anúncio, a falta de referências para estes alunos significa “menos cientistas, engenheiros e outros profissionais negros que podem contribuir para o futuro da nossa sociedade.”
Lewis Hamilton, com o anúncio da parceria, fez uma declaração reforçando o objetivo desse projeto:
— Estou incrivelmente orgulhoso de anunciar a primeira parceria do Mission 44. Nosso trabalho com a Teach First é outro passo para quebrar as barreiras que dificultam o engajamento de jovens estudantes negros com o STEM, como identificou o relatório do The Hamilton Commission. Sabemos como representação e exemplos são importantes em todos os aspectos da sociedade, mas especialmente quando é sobre dar suporte para o desenvolvimento dos jovens.

Além de ser um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1, e uma grande referência ao ser o primeiro e único piloto negro na categoria, a equipe de Lewis Hamilton também tem alguém como exemplo para esses jovens estudantes: Stephanie Travers.
A primeira mulher negra e africana a subir no pódio em mais de 70 anos de história da F1, Travers é nascida no Zimbábue e se formou em engenharia química na Universidade de Bradford, na Inglaterra, em 2016. Já em 2019, foi selecionada pela Petronas para ser engenheira de fluídos da Mercedes na F1, entre mais de sete mil concorrentes. No GP da Estíria, vencido por Hamilton em 2020, foi selecionada para representar a equipe e receber o troféu da Mercedes.
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O anúncio da parceria chegou junto à celebração britânica do Mês da História Negra, data comemorada em outubro no Reino Unido e Irlanda, enquanto os Estados Unidos e Canadá celebram em fevereiro.
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