Os Jogos Olímpicos de Tóquio não terão público estrangeiro nas arenas. A decisão do Japão que barra turistas no país já era especulada há algumas semanas e foi anunciada no sábado (20) pelo Comitê Organizador, após uma reunião que envolveu o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Governo de Tóquio.
De acordo com o comunicado, 900 mil ingressos serão reembolsados aos compradores, sendo 600 mil relativos às Olimpíadas e 300 mil às Paralimpíadas. Uma questão ainda não resolvida é se a proibição também vai se estender para voluntários de outras nacionalidades, mas já se sabe que familiares e amigos dos atletas também estão entre os que não poderão ingressar no Japão.
“Desde o início da pandemia, dissemos que ela exigiria sacrifícios, mas também dissemos que nosso primeiro princípio é a segurança (…) A prioridade do COI era, e continua sendo, organizar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos com segurança para todos: os participantes e nossos anfitriões, o povo japonês”, disse Thomas Bach, presidente do COI.
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A exceção relacionada ao público estrangeiro seriam os Chefes de Estado. Como a política é parte fundamental da história dos Jogos Olímpicos, o jornal The Mainichi afirma que cada governante teria direito a uma comitiva de apenas 11 pessoas. Todos precisarão realizar testes de COVID-19 antes da viagem e também ao chegarem em Tóquio.
Proibir visitantes de outros países poderia conter a transmissão de variantes do coronavírus, como a detectada no Brasil, evitando novos surtos durante as competições – o que poderia prejudicar o andamento das modalidades.
CAPACIDADE REDUZIDA
Mesmo com a decisão do Japão que barra turistas, as arenas ainda devem ter restrições. De acordo com o jornal japonês Sankei, o debate mais recente é liberar apenas 50% da capacidade de público. Para o Estádio Olímpico de Tóquio e outros locais mais amplos, estuda-se impor um limite de 20 mil pessoas, ainda que esse número não represente a metade da lotação total.
Outra medida para evitar problemas relacionados à pandemia é oferecer vacina aos atletas. O COI confirmou que viabilizará doses fornecidas pela China, não só para os participantes olímpicos e paralímpicos, mas também duas aplicações adicionais, que poderão ser disponibilizadas para a população de cada país, “de acordo com suas necessidades”.
Ao vacinar atletas olímpicos, o Comitê tenta evitar um novo adiamento das Olimpíadas, inicialmente marcadas para 2020. O esforço de vacinação dos atletas já começou em países como Hungria, Israel, Lituânia e Sérvia, mas a maioria dos países não considera os esportistas como grupo prioritário, inclusive o Brasil.
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