Seis vezes campeão mundial da Fórmula 1, Lewis Hamilton voltou a falar sobre os protestos que acontecem nos Estados Unidos, por conta da morte de George Floyd e a violência policial contra negros no país.
Neste domingo (31), o piloto da Mercedes, no entanto, utilizou as redes sociais para criticar os seus companheiros de modalidade. O inglês questionou o silêncio dos outros profissionais, e chegou a sugerir que há racismo no automobilismo.
“Eu vejo quem de vocês permanece em silêncio. Alguns de vocês, que são grandes estrelas, permanecem em silêncio em meio a tanta injustiça. Não há sinal de alguém da minha indústria que, com toda a certeza, é um esporte dominado por brancos. Eu sou uma das poucas pessoas negras lá e me levanto sozinho. Eu pensei que agora vocês veriam o que está acontecendo e diriam alguma coisa sobre isso, mas vocês não podem se levantar ao nosso lado. Apenas saibam que eu sei quem vocês são e eu vejo vocês”, disse Hamilton.
As críticas aos demais pilotos da Fórmula 1 não foram a única manifestação do inglês neste domingo. Lewis Hamilton também aproveitou para falar, mais uma vez, sobre os protestos que acontecem nos Estados Unidos.
“Eu não apoio aqueles que estão cometendo saques e queimando propriedades, mas sim aqueles que protestam pacificamente. Pode ser que não tenhamos paz até os nossos líderes promoverem mudanças. Isso não acontece apenas na América, mas também no Reino Unido, Espanha, Itália e em todos os lugares. O modo como as minorias são tratadas precisam mudar, assim como a forma que as pessoas são educadas sobre igualdade, racismo, discriminação de classe e que todos somos iguais. Nós não nascemos racistas e com ódio no nosso coração, isso é ensinado pelas pessoas que nós observamos”, finalizou.
Hamilton não foi a única celebridade dos esportes a se manifestar sobre os protestos. Michael Jordan e Kareem Abdul-Jabbar, lendas do basquete mundial, também falaram sobre o que a revolta da população contra atos violentos da polícia contra os negros nos Estados Unidos.
