Bahia

Mano Menezes critica arbitragem equatoriana: ‘Catastrófica’

Foto: Felipe Oliveira/ECB

O Bahia perdeu o jogo de ida pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana para o Defensa y Justicia por 2 a 1. O duelo foi marcado pelas polêmicas da arbitragem, o árbitro Guillermo Guerrero paralisou pelo menos cinco vezes a partida para conferir o VAR. Ao todo, foram 14 minutos de acréscimo só na primeira etapa. O técnico Mano Menezes criticou veementemente o trio equatoriano.

– Sobre a arbitragem, foi catastrófica. Não tem outra palavra para isso. Um árbitro que para quatro vezes para ir ao VAR no primeiro tempo, nessas quatro nunca demora menos do que cinco minutos. Ele tira do jogo o tempo que o jogo tem que ser jogado. É isso que está acontecendo e precisa resolver. Hoje foi muito grosseiro, discutível, tudo que aconteceu no primeiro tempo. E isso, logicamente, para equipe que sai perdendo, cria uma dificuldade, você não consegue imprimir ritmo para reação. Mesmo assim, tivemos um pênalti e perdemos, seria o gol de empate. Mesmo assim, empatamos e achamos que o lance de Gilberto é muito discutível como entendimento. Essas são as questões objetivas que estamos falando respondendo ao repórter. O Bahia teve seus problemas. E a gente não vai fechar os olhos para eles. Tentar resolve-los da forma que a gente acredita. Trabalhando sério, mostrando aos jogadores, recuperando moralmente. Esse é o trabalho do técnico no momento mais difícil. Vivemos, de novo, uma fase de queda de resultado – afirmou.

O treinador ainda demonstrou estar tudo em aberto para a partida de volta, na Argentina. O Bahia precisa vencer por dois gols de diferença para chegar pela primeira vez às semi-finais de uma competição internacional.

– Quando você afunila uma competição, um vai ficar fora e outro vai passar. E os adversários que vão chegando chegam porque têm competência. O Bahia teve competência até agora para chegar. Vamos dizer na quarta que vem se tivemos competência para seguir em frente ou não. Os jogos são isso. Aconteceu tudo isso hoje, e vamos levar de resultado objetivo final uma derrota em casa e temos que reverter fora. Futebol é isso. Todo mundo vai discutir um pouco, mas vai ficar o resultado. E objetivamente a situação que levamos é de ter que desmanchar uma vantagem lá fora. Não é primeira vez que precisamos fazer. Vamos preparados para fazer um grande jogo lá e lutar pela nossa vaga nas semi – disse.

Confira outros trechos da entrevista com Mano Menezes:

Queda de intensidade na etapa final

– Não acho que o Bahia perdeu intensidade no segundo tempo. O jogo é intenso o tempo inteiro, é um jogo de Sul-Americana. A diferença é que o adversário, estando à frente, propõe um jogo de menos intensidade, breca mais o jogo. Quando eles sofriam falta, o árbitro deixava ficar no campo para ser atendido um, dois minutos. Você que quer imprimir um ritmo não consegue quando as regras não são seguidas como as orientações que devem ser para as duas equipes. Hoje isso ficou nítido. Tivemos problemas, como teríamos com qualquer formação, como tivemos no primeiro tempo também. Não adianta querer direcionar para lá e para cá, que não é assim que vai funcionar.

Anderson Martins

– São escolhas que os técnicos têm que fazer. Nossa escolha foi pela característica dos dois jogadores para ter maior estabilidade defensiva. A cobrança do jogo passado era sobre Ernando, que estava dentro. Agora é sobre Anderson [Martins]. Daqui a uns dias, vão dizer que a solução é Lucas Fonseca, que todo mundo dizia que não podia jogar no Bahia quando eu cheguei. Não é assim que funciona. É um sistema complexo, um time complexo. Não vou individualizar, porque seria injusto com qualquer jogador. Já tenho uma boa rodagem para não entrar nessa.

Jogo de volta

– Mais complicada do que se tivéssemos vantagem, como fizemos nas oitavas. Mas é outro jogo, outra história, outra característica de adversário; um adversário que joga mais e deixa jogar. E isso abre a perspectiva de fazermos também um jogo bem jogado lá. E ser mais competente na hora de acabar a jogada, porque estivemos hoje duas, três vezes, frente a frente com o goleiro. Evitar erros que todos citaram, que foram erros defensivos e nos custaram esse primeiro resultado.

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