O Bahia perdeu para o Santos por 3 a 1 na Vila Belmiro na noite deste domingo (1) em jogo válido pela 19ª rodada. Os gols do Santos foram marcados por Jobson, Madson e Marinho, e Daniel descontou para o time baiano, com todos os gols marcados ainda na primeira etapa.
O Bahia tem sofrido muitos gols e tem sido alvo constante de críticas por parte da torcida. Inclusive, quando o Mano Menezes chegou ao comando técnico do time, reforçou a necessidade de corrigir os problemas defensivos e evitar sofrer gols em todos os jogos. Desde a contratação de Mano, o Bahia sofreu 15 gols em 10 jogos, e em apenas uma partida sua defesa não foi vazada, que foi contra o Vasco quando venceu por 3 a 0 o time carioca. O técnico tem, apenas, aproveitamento de 30,3% à frente do Bahia.
Na coletiva após o jogo contra o Santos na Vila, Mano comentou sobre as falhas que o Bahia tem apresentado e que tem custado pontos na tabela.
O Bahia teve chances para sair daqui (Vila Belmiro) com um resultado diferente. Cometeu falhas que não se pode cometer e isso tem nos custado resultados importantes, tem sido uma tônica. Tomamos um gol que não podíamos ter tomado na Sul-Americana e isso nos custou uma derrota, mas acredito que se a equipe jogar na quinta-feira, jogar o que jogou hoje e ajustando essas falhas, vamos passar na Sul-Americana e depois voltar a vencer no Campeonato Brasileiro
Confira trechos da coletiva
Análise do sistema defensivo
– Não acho que tomamos gols por falhas do sistema defensivo, tomamos gols por falhas individuais de jogadores que jogavam no sistema defensivo. Penso que o Bahia fez um bom jogo. Quando você perde é muito difícil um treinador vir falar diante do seu torcedor que o Bahia fez um bom jogo, mas o Bahia criou oportunidades, o Bahia desperdiçou gols, o Bahia chutou duas bolas na trave.
Qualidade do elenco em cheque
– Eu sairia daqui de Santos mais preocupado se a gente não tivesse jogado nada. Se tivesse feito um péssimo jogo e estaríamos aqui reclamando de outras coisas ou apontando para outros caminhos que não fossem as soluções que temos dentro do elenco. Não quer dizer que não estamos procurando os reforços mas não pode ser qualquer reforço.
– Rodar o elenco é necessário quando temos jogos próximos para que a equipe esteja com força para jogar cada jogo. Se acreditamos que temos um elenco de qualidade, que os jogadores estão preparados para entrar em campo, os que entrarem tem que dar conta do recado.
Mudanças na equipe titular para o jogo contra o Santos
– Fizemos um jogo duro na Sul-Americana, chegamos na sexta-feira, às 21h, em São Paulo, com alguns jogadores que não conseguiram se recuperar na proporção que era necessária para fazer um jogo forte como o Santos exigiria que a gente fizesse. Então não se trata de poupar para à frente (visando o jogo contra o Melgar), mas se trata de colocar os melhores para render bem. Foi isso que a gente fez. Tiramos aqueles que não poderiam ou que estariam mais desgastados e colocamos jogadores que renderam bem.
Erros individuais contra o Santos
– Erros individuais sempre são difíceis de explicar. Temos trabalhado constantemente na conscientização dos jogadores. Sinto eles muito comprometidos em querer acertar, mas temos cometido erros sem muita explicação. Hoje, por exemplo, numa falta sem qualidade nenhuma na cobrança do adversário abrimos a barreira, e aí comprometemos uma defesa que seria definitivamente fácil para Douglas. Isso que não pode acontecer. Já tinha diminuído (a incidência de erros defensivos), hoje voltou a acontecer, talvez até em função desse cansaço (viagem de Lima) que diminui o nível de concentração, você não consegue fazer uma retomada em poucas horas tão forte em todos os jogos do Campeonato Brasileiro pelo alto grau de dificuldade.
Irregularidade do goleiro Douglas e possível mudança na meta
– Não acho que Douglas tenha comprometido com suas atuações. Achei que o primeiro gol (a bola) atravessou a área pelo sistema defensivo, não me pareceu nenhuma falha individual de Douglas nesse processo. A falta que todo mundo pode discutir. A barreira abriu e quando a barreira abre ela compromete a atuação do goleiro, que talvez poderia até vir a defender, mas abrir a barreira naquela altura quase sempre é fatal.
Defesa vazada em quase todos os jogos
– Achei que o sistema defensivo melhorou, está mais seguro. A equipe havia diminuído o número de gols sofridos, o percentual estava melhor, e hoje voltou a sofrer três gols novamente.
Pouca utilização do Ramires
– Temos tentado achar uma posição para Ramires. A equipe passou a jogar de uma forma que eu ou coloco o Ramires de volante ou coloco ele de terceiro homem de meio-campo. Como Daniel é um meia que tem apresentado, em termos de criação, aquilo que se aproxima mais do que queremos, então ele é o mais adequando para fazer essa função. Vamos trabalhar para que tenhamos um aproveitamento melhor.
Pressão pelos maus resultados
– No futebol não existe decreto. Tenho convicção de que vamos evoluir sim. Temos evolução em alguns aspectos importantes da equipe. Temos que confirmar com resultado aquilo que a equipe vem fazendo na maioria dos jogos que eu dirigi até aqui. Temos apenas pequenas exceções que não fizemos bons jogos.
Mesmo com a derrota, o Bahia ainda segue fora da zona de rebaixamento e é o 15º colocado na tabela com 19 pontos em 18 jogos. Pelo Brasileirão, o Bahia volta a campo no próximo domingo (8), contra o Botafogo, na Arena Fonte Nova.
Mas antes, na quinta-feira (5), tem missão dura contra o Melgar, do Peru, pelo jogo de volta da segunda fase da Copa Sul-Americana na Arena Fonte Nova. Na partida de ida, o Esquadrão perdeu por 1 a 0 e, para avançar, precisa vencer o time peruano por dois gols de diferença. Caso vença por 1 a 0, a decisão irá para os pênaltis e, caso o Bahia vença pela diferença de apenas um gol que não seja o resultado de 1 a 0, o Melgar avança pelo critério de gols marcados fora de casa. Empatar ou perder elimina direto o time baiano.
O jogo de volta entre Bahia e Melgar pela segunda fase da Copa Sul-Americana poderá ser acompanhado no site do Esporte News Mundo que transmitirá o tempo real (lance a lance) da partida.
