A morte de Diego Maradona, nesta quarta-feira, deixou o futebol de luto. A data em que o mundo se despede do ídolo argentino traz consigo uma triste coincidência. Há exatos quatro anos, no mesmo dia 25 de novembro, morria Fidel Castro, ídolo e amigo pessoal do craque. Na ocasião. Maradona chegou dizer que o líder da Revolução Cubana havia sido um pai para ele e o classificou como o “único comandante”.
Maradona visitou Cuba pela primeira vez em 1987 e desde então passou a ser um defensor do regime cubano comandado por Castro. Os dois estreitaram laços ao longo dos anos. O ex-jogador chegou a fazer uma tatuagem de Fidel na perna esquerda. O político retribuía o carinho e a devoção referindo-se a Diego como “El Che do esporte”, em referência a um outro líder dos guerrilheiros da Sierra Maestra, Ernesto “Che” Guevara.
Maradona também passou um período em Cuba realizando um tratamento contra o vício em drogas, no início dos anos 2000, quando já havia se aposentado dos gramados. A temporada no país caribenho só fez aumentar a gratidão e admiração pelo então presidente cubano.
No último dia 13 de agosto, data do aniversário de Castro, Maradona chegou a postar uma homenagem ao amigo no Instagram.
Proximidade com líderes de esquerda
Além de Fidel, Maradona também foi próximo de outros políticos com orientação de esquerda ou centro-esquerda, entre eles os ex-presidentes Lula, Evo Morales e Hugo Chávez. Na ocasião da saída do líder do PT da prisão, no ano passado, o argentino usou as redes sociais para comemorar: “Hoje a justiça foi feita”, escreveu à época.
Lula se manifestou publicamente após confirmado o falecimento do ex-jogador e agradeceu Maradona por ter sido um “grande amigo do Brasil”.
Outros líderes mundiais com mandato em curso também contavam com o apoio declarado do ídolo do futebol. Na lista, estavam o atual presidente da Argentina, Alberto Fernández e o da Venezuela, Nicolás Maduro.
Maradona morreu em casa, no início da tarde desta quarta, quando se recuperava de uma cirurgia no início do mês para a retirada de um hematoma subdural na cabeça. Segundo informações da imprensa argentina, ele não resistiu a uma parada cardiorespiratória.