A novela entre Miguel e Fluminense ganhou mais um capítulo. O meia, de 18 anos, entrou com uma ação na Justiça, na noite desta sexta-feira, pedindo a rescisão unilateral do contrato com o clube. A informação foi divulgada inicialmente por Marcelo Jorand durante uma live no seu próprio canal no YouTube e confirmada pelo Esporte News Mundo. No processo, o jogador alega um atraso de reajuste salarial que estaria previsto em contrato e o não recolhimento de parcelas do FGTS.
O processo corre em segredo de Justiça na 9ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Miguel, que completou 18 anos em março de 2021, tem contrato com o Fluminense até junho de 2022. Destaque na categoria de base, o jovem subiu precocemente para os profissionais ainda com 16 anos, em 2019. Em dois anos de profissional, entrou em campo em 20 oportunidades, mas somou 611 minutos (o equivalente a menos de sete partidas completas). Ele deu quatro assistências.
Miguel foi promovido aos profissionais antes mesmo de assinar contrato profissional com o clube. Em junho de 2019, o meia assinou o seu primeiro vínculo profissional com o Fluminense (sendo este um dos últimos atos da gestão de Pedro Abad). Na época, o jovem despertava interesse de clubes gigantes da Europa e era visto como um dos principais ativos do Tricolor para o futuro. Já em 2020, se destacou no começo da temporada no Carioca, mas depois foi preterido.
Em 2021, a expectativa era que Miguel recebesse mais oportunidades. O meia foi titular na estreia do Campeonato Carioca, mas se lesionou e foi substituído ainda no primeiro tempo. Depois disso, no entanto, não foi mais utilizado pela comissão técnica de Roger Machado, mesmo já recuperado da lesão. A falta de oportunidades para o jovem nestes dois anos de profissional gerou um descontentamento do estafe do jogador com o Fluminense.
A divergência do pai do jogador, José Roberto Lopes, com a atual gestão do presidente Mário Bittencourt, motivou a busca por uma saída nos tribunais. Em agosto de 2020, uma proposta de renovação foi recusada, mostrando que as partes já não falavam a mesma língua e que não existia mais um interesse do estafe do atleta pela permanência no clube. O Fluminense tentou utilizar Miguel no sub-23, mas a “oferta” foi recusada.
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