Faues Mussa, presidente da Assembleia Geral do Vasco, entrou na Justiça contra outros dirigentes do clube nesta segunda-feira. O Esporte News Mundo teve acesso a detalhes do caso. O dirigente do Cruz-Maltino busca liminar para suspender e impedir atos que inviabilizem a Assembleia marcada para o próximo dia 30, onde tratará sobre a reforma do estatuto e a eleição direta do clube.
Mussa entrou com o processo contra Alexandre Campello, presidente da Diretoria Administrativa do Vasco, Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo, Edmilson Valentim, presidente do Conselho Fiscal, e Silvio Godoi, presidente do Conselho de Beneméritos. O caso foi distribuído como dependência para a 41ª Vara Cível da Capital do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), mas será encaminhado ao sorteio por decisão da juíza Camilla Prado.
A liminar na Justiça foi pedida por Mussa em dois tópicos para:
“(i) a imediata suspensão dos atos praticados pelos réus que obstam ou tencionam embaraçar as funções e atribuições do autor na qualidade de Presidente da Assembleia Geral do VASCO, especialmente aquelas relacionadas à realização da Assembleia Geral Extraordinária convocada para o dia 30.08.20, autorizando-se, inclusive, o autor a contratar diretamente, em seu nome, as empresas para viabilizar a realização eletrônica do conclave;
(ii) que os réus se abstenham de adotar qualquer outra medida tendente a impedir ou embaraçar o exercício dos poderes do autor como Presidente da Assembleia Geral do VASCO, sob pena de multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) por ato praticado”
Argumentou Mussa em juízo que “prevê o Estatuto do VASCO competir à Assembleia Geral, na pessoa do seu Presidente a adoção de “todas as medidas para garantir a realização do pleito” (art. 71) eleitoral que ocorrerá no segundo semestre do ano corrente (em novembro)”. Mas que “os réus – alguns deles pré-candidatos –, todos ocupantes de outros poderes do Clube, vêm, de forma ilegal e em franca violação às regras estatutárias da instituição, atuando de forma a embaraçar os poderes conferidos pelo Estatuto ao autor. Tais atitudes são motivadas pelas mais baixas aspirações eleitorais, o que, lamentavelmente, vem-se tornando costumeiras nos anos de sufrágio da instituição”.
“Este pedido de tutela antecipada busca apenas assegurar o pleno
exercício dos poderes estatutários pelo autor e a realização da Assembleia Geral
Extraordinária do dia 30.08.20 (doc. 3), obstando a prática, pelos réus, dos atos que
hoje constrangem e limitam a atuação do Sr. FAUÉS MUSSA como Presidente da
Assembleia Geral”, completou.
A reportagem do ENM não conseguiu contato com os envolvidos até o momento desta publicação.