Bahia

‘Não joguei a toalha, temos condições de reverter o quadro em casa’, diz Dado Cavalcanti após perder pela primeira vez na Copa do Brasil

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Na noite desta quarta-feira(28), o Bahia perdeu a sua primeira partida jogando pela Copa do Brasil. O adversário dessa vez foi o Atlético-MG, o jogo de ida das oitavas de final aconteceu no Mineirão, e como aconteceu na última rodada do Campeonato Brasileiro, o Tricolor não foi efetivo e foi derrotado por 2 a 0.

O técnico Dado Cavalcanti, em entrevista coletiva, afirma que não desistiu da Copa do Brasil e que erros na hora da finalização, pensam no placar.

‘Acho que é necessário ter entendimento de quais jogos fizemos. Lamento muito essas derrotas consecutivas, hoje, num jogo de Copa do Brasil, perder por 2 a 0. Mas não joguei a toalha. Acho que temos condições de reverter o quadro em casa. E vamos buscar. Ninguém largou aqui. Vamos procurar fazer o nosso melhor no jogo em casa. A condição dos adversários, que nos impõem mais dificuldade… A gente sabe que enfrentou um adversário que tem mais qualidade e mais poder de fogo do que a gente. São mais efetivos, a verdade é essa. Erra bem menos nas condições de finalização. Isso geralmente pesa na hora do placar’

Dado foi questionado sobra a entrada do goleiro Danilo Fernandes no lugar de Matheus Teixeira, que vinha sendo titular desde a semifinal da Copa do Nordeste, em abril. Ele afirmou que neste momento a entrada de Danilo era importante, principalmente em relação a “voz ativa” e “incentivando os jogadores desde o vestiário”.

‘Há bastante tempo a gente já pensava na contratação do Danilo. É um jogador experiente, que, desde que chegou, agregou muito ao nosso grupo. Tem uma voz ativa importante, está acostumado a fazer grandes jogos. Teixeira teve uma sequência muito importante. Tive um cuidado especial de ter uma conversa grande com Teixeira, mostrar para ele o entendimento meu e da comissão técnica em relação ao trabalho que ele vem executando no Bahia, que só tem elogios. Mas entendi que a entrada de Danilo era importante hoje, um cara mais experiente, um pouquinho mais jogado, que tem uma voz ativa, começa já incentivando os jogadores desde o vestiário, tem uma contribuição efetiva, é uma outra liderança que já vem fazendo parte do vestiário desde que chegou’

Outro ponto levantado durante a coletiva foi uma possível demissão do comandante Tricolor, ele, por sua vez, respondeu que tem consciência do seu trabalho no Bahia.

‘Tenho muita consciência do meu trabalho. Sei do fardo que é do peso que é ser treinador do Bahia. E estou muito tranquilo desde quando assumi. Sei da pressão. Não mudou nada desde o primeiro momento em que assumi o comando vestindo a camisa do Bahia’

O Bahia segura um pouco os pensamentos em relação a Copa do Brasil e volta a focar no Brasileirão Série A. No próximo domingo (1º) o Bahia joga contra o Sport, no estádio de Pituaçu, às 18h15, em duelo válido pela 14ª rodada.

Cavalcanti falou um pouco sobre esse próximo confronto e ressalta: “Vamos retornar rapidamente para que a gente consiga ter mais força e confiança para a sequência do campeonato”

‘É fundamental. Já sabemos que vamos enfrentar um adversário muito diferente do Atlético em termos até de modelo de jogo. O Sport é um time mais reativo, que espera mais, usa mais os contra-ataques. Vamos, revendo os filmes, que já assistimos, jogos contra o América-MG. Juventude, principalmente adversários que vão jogar contra a gente em Pituaçu. A tendência é que eles se fechem um pouquinho mais. A gente precisa, sim, agredir, ser protagonista, colocar a bola no chão, fazer andar, levar essa bola de trás até a frente, para a gente voltar a vencer, voltar a ter tranquilidade, manter a confiança de que estamos fazendo um bom campeonato. Apenas saímos um pouquinho do trilho e vamos retornar rapidamente para que a gente consiga ter mais força e confiança para a sequência do campeonato.’

CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA COLETIVA

Entrada de Ronaldo no lugar de Rodriguinho

‘Eu precisava de algumas mudanças, entendia que era importante ter, pelo lado esquerdo, um jogador de força, que pudesse sair para contra-ataque e segurar algumas bolas na hora em que a gente estivesse sendo pressionado. Pudesse escorar essa bola, tivesse a característica de jogar de costas, de escorar principalmente o Mariano, que faz uma marcação mais efetiva, e soltasse a bola para os jogadores de meio. E contra-atacasse, desse velocidade e profundidade. Acho que Ronaldo teve uma participação boa. Fez algumas movimentações interessantes, teve uma chance de gol no primeiro tempo. Entendi que era para isso mesmo que a escalação dele foi pensada’

O mesmo jogo do Brasileiro? Pouca produtividade e tomando gol em seu melhor momento no jogo.

‘Concordo. Talvez eu faça apenas uma ressalva, que acho que jogamos melhor esse jogo do que no domingo. No domingo, só reagimos. Hoje tivemos mais a bola. Não numericamente, com relação à quantidade de posse de bola. Falo em relação à construção. Hoje chegamos mais à frente construindo. Tivemos uma chance clara no primeiro tempo. E tivemos outras possibilidades de ter chances claras. A gente se precipitou um pouco nas finalizações, algumas de fora da área, alguns rebotes. Foi muito parecido, inclusive os gols que tomamos. Tomamos dois gols muito parecidos, principalmente o primeiro gol. Tinha conversado muito sobre a importância de fechar o meio na bola do Atlético, o Atlético joga muito com esse espaço por dentro, procura poucas vezes os lados. A gente fez com que eles mudassem um pouco a característica por estar com mais gente dentro do campo, no meio do campo. E, infelizmente, aconteceu o primeiro gol com a bola que eles acharam no meio. Não conseguimos evitar o passe e, posteriormente, a cava que o Hulk deu do lado. Acho que são jogos parecidos, inclusive os gols que tomamos.’

Troca de passes e finalizações

‘Todas as vezes trocamos passes, chegamos. E, para ser visto, trocamos passes. Se fizemos mais finalizações, é porque tivemos méritos com a posse da bola para chegar às finalizações. A condição de enfrentar um adversário como esse, muitas vezes, é uma condição estratégica de tentar buscar uma alternativa, pois sou sabedor de que vir de peito aberto aqui pode não nos trazer benefício algum. Nossa equipe joga. Às vezes, tem mais dificuldade contra adversários que impõem o seu ritmo, que impõem sua forma de jogar. Mas o Bahia é um time que joga, tenta produzir. E vai tentar produzir nas próximas partidas, para que a gente consiga, primeiro, interromper essa sequência de derrotas e, depois, buscar a nossa classificação no jogo da volta.’

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo