Renato Portaluppi criticou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ao ser perguntado se aceitaria treinar a Seleção Brasileira. Em entrevista ao portal “GE”, publicada nesta terça-feira (6), o técnico do Grêmio alegou que recusaria o convite, tendo como justificativa a atual gestão do comando técnico pela CBF.
— Se eu fosse chamado pela Seleção agora, eu não iria. A seleção brasileira é o meu sonho, mas a CBF tem que tomar vergonha na cara. A verdade é essa. Eu não quero chegar na seleção brasileira e ser mais um — declarou Renato.
— Chegar lá e, daqui a 2 meses: “vai embora e me dá aí saco de arroz, saco de feijão, acabou tudo”. Nessa bagunça, eu estou fora. Graças a Deus ninguém me chamou, eu não iria. Do jeito que está a CBF, independente de quem seja o presidente, ela tem que tomar vergonha na cara. Para o bem do futebol brasileiro — completou.
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A Seleção Brasileira viveu desgaste, em 2023, procurando um novo treinador, após a saída de Tite. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, garantia um acerto com o técnico Carlo Ancelotti, do Real Madrid. Porém, o italiano negava, indicando que estava focado em permanecer no clube espanhol.
Ao mesmo tempo, o Brasil teve resultados ruins em amistosos e eliminatórias para a Copa do Mundo 2026, sendo comandado, interinamente, por Ramon Menezes e, posteriormente, Fernando Diniz. Em janeiro de 2024, Dorival Júnior foi anunciado como o novo técnico, visando o ciclo da próxima Copa, que será realizada na América do Norte.
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Na mesma entrevista, Renato Gaúcho comentou sobre assumir o Brasil em 2021. Na época, a CBF vivia uma crise em relação a realização da Copa América no Brasil, que foi reprovada por Tite, treinador no momento, e os atletas. Especulava-se que Tite pediria demissão, e que Renato seria o possível substituto. Entretanto, Portaluppi negou que foi procurado, e o comando técnico não foi alterado.
— Alguém sempre chegava “ó, os caras vão te chamar…” Mas, eu não trato com ninguém de qualquer clube enquanto o clube ou a seleção brasileira tiver treinador. Eu vou respeitar. Se alguém me procurar, pode me esquecer. Quer me contratar, tem que estar sem treinador. Não vou sacanear colega de profissão.