A notícia da não-renovação de contrato de Francis Ngannou com o UFC agitou o último final de semana, especialmente após Dana White falar seu lado da situação. Agora, foi a vez do agora ex-campeão dos pesados da organização dar a sua versão.
Em entrevista ao programa ‘The MMAHour’, o camaronês falou sobre as conversas que teve com o Ultimate para renovar o seu contrato. Segundo Ngannou, o acordo não lhe daria qualquer tipo de direito ou controle sobre o destino de sua carreira.
– No contrato que me deram, não sou livre. Não sou um ‘contratado autônomo’. Não tenho direitos, todo o poder fica nas mãos deles. Eu vi como eles utilizam o poder em outros caras e eu não quero isso; – disse o camaronês.
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Segundo o ex-campeão, o Ultimate fez uma oferta a ele na qual a organização lhe ofereceu algo em torno de US$ 8 milhões (R$ 41,6 milhões) para que pudesse lutar com Jon Jones e ainda seguir fazendo lutas pela organização. Mas as condições do contrato oferecido e a recusa da entidade em ceder em alguns pedidos que fez, principalmente o de ser liberado para lutar boxe.
– Pedi muitas coisas, mas não esperava que fosse conseguir tudo. Mas pelo menos uma de duas coisas eu queria. Queria o direito de ter um patrocinador, que nos tiraram porque não podemos ter patrocinadores. Queria também que nos garantissem um plano de saúde e também um representante dos lutadores que pudesse estar nas negociações para nos ajudar. Não consegui as coisas que queria. Só queria que eles soubessem que eram coisas que eu queria e queria que, pelo menos, pensassem nisso – comentou o camaronês.
A decisão de não renovar com o UFC, no entanto, e as declarações de Dana White de que teria ‘medo’ de lutar novamente não irritaram Ngannou, que disse estar ‘em paz’ consigo por conta da definição sobre seu futuro e agora quer pensar nos próximos passos de sua carreira.
– Estou bem. Sem estresse. estou feliz, sei que fiz o certo e não me arrependo. Faria de novo se tivesse a chance. Estou feliz, estou satisfeito. A única coisa que temo é me arrepender, fazer coisas das quais posso me arrepender. Então, faço tudo o que posso para não ter isso e sinto que não nada para me arrepender – afirmou.
