No último domingo (03), o Internacional visitou o líder do Campeonato Brasileiro e saiu derrotado por 1 a 0. Todavia, jogando contra o Atlético-MG, ficou a percepção que o colorado poderia ter saído, inclusive, vencedor, tamanhas as oportunidades perdidas de contra-ataque. E o crescimento do time gaúcho nos últimos jogos tem uma explicação, a definição de um modelo tático claro e confiável por parte do técnico Diego Aguirre.
Quando chegou, Diego Aguirre demorou para encontrar uma formação que extraísse as melhores características dos jogadores, mas assim que conseguiu o Internacional encaixou. O 4-2-3-1, com dois volantes fixos, passa uma segurança defensiva que o time não tinha e ainda permite aos craques do time usarem a velocidade e habilidade para puxar contra-ataques mortais.
A estratégia de Diego Aguirre é clara, tentar matar o jogo no começo e depois segurar o contra-ataque. Geralmente, o Internacional inicia a partida com Patrick mais avançado e livre para circular. Com isso, mantém a posse de bola e tenta rapidamente abrir o placar. Depois disso, fixa o “pantera” pela esquerda e começa a apostar nos contra-ataques.
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O encaixe do Internacional, todavia, começa pela defesa. Junto de Diego Aguirre, chegou o zagueiro Bruno Méndez, que encaixou perfeitamente nas características de Victor Cuesta. Com a utilização de dois volantes fixos – Dourado e Lindoso – o técnico ainda consegue puxar um deles para fazer uma linha de três em alguns momentos, liberando o argentino para avançar e, inclusive, dar assistências, sem prejudicar a parte defensiva.
Essa segurança defensiva, inclusive, é o que dá confiança para os mortais contra-ataques. Antes volante, Edenilson virou quase um terceiro atacante com Aguirre e é, ao lado de Taison e Yuri Alberto, uma arma colorada. Pelo menos duas vezes por jogo esse trio consegue sair em vantagem sobre as defesas, o que garantiu diversos pontos importantes nos últimos jogos.
O grande ponto do jogo contra o Atlético-MG, no entanto, foi Aguirre ter feito a leitura errada. Não era necessário mudar o modelo tático, que estava dando certo, mas sim as peças. Com o segundo tempo em andamento, faltava fôlego para alguns manterem a recomposição, e não ter feito substituições pontuais causou a derrota. No entanto, enquanto tinha todos em condições ideais, o Inter chegou a jogar melhor que o Galo dentro do modelo tático proposto.