A passagem de Paolo Guerrero pelo Beira-Rio não deixará saudades. Contratado em agosto de 2018, o centroavante disputou 72 partidas, marcou 32 gols e deu três assistências com a camisa colorada. O fim do ciclo foi decretado na última terça-feira (26), quando o Internacional anunciou a rescisão de contrato.
Por causa de uma suspensão por doping, Guerrero só foi estrear pelo Inter em abril de 2019. E não poderia ser melhor: com gol e boa atuação. A temporada de 2019 terminou como a melhor do camisa 9 pelo clube gaúcho. Foram 20 gols em 41 jogos, além de uma assistência. O peruano foi protagonista na campanha do vice-campeonato da Copa do Brasil. Porém, passou em branco nas decisões do Gauchão e Copa do Brasil.
Com o calendário alterado pela pandemia da Covid-19, Paolo Guerrero começou a temporada 2020 como um dos pilares da equipe de Eduardo Coudet. Porém, mais uma vez, ele não teve participação efetiva na final do Gauchão e em Gre-Nais. Uma lesão no joelho direito, em partida contra o Fluminense, pelo Brasileirão, tirou o atacante do restante da temporada. Foram 15 jogos e 10 gols, além de duas assistências.
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Por fim, na temporada 2021, o jogador de 37 anos encontrou dificuldades para atuar por causa de dores no joelho direito, que foi operado em agosto de 2020. Foram 16 jogos e apenas dois gols marcados. Fora das quatro linhas, Guerrero pediu duas vezes para rescindir o contrato. Na primeira vez, voltou atrás após reunião com a direção colorada. Na segunda vez: não teve jeito, a rescisão foi consumada.
Em 1.171 dias no Beira-Rio, Guerrero disputou apenas 34% dos jogos do Inter. O centroavante se despede sem nenhum título, nenhum gol marcado em nove Gre-Nais e gasto superior a R$ 40 milhões — entre salários e luvas.
Pela expectativa criada na contratação, pelo alto investimento e pelo pouco retorno desportivo, Paolo Guerrero foi um péssimo custo-benefício para o Colorado. E dá para ir ainda mais além: foi um dos piores custos-benefícios da história recente do Sport Club Internacional.
