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Opinião: Os destaques ocultos da temporada da NBA

DIVULGAÇÃO: SACRAMENTO KINGS

Com a temporada já se encaminhando para a sua reta final, escolhi analisar alguns jogadores que estão tendo temporadas incríveis, mas que infelizmente não estão recebendo todo o reconhecimento que eles merecem.

Menções Honrosas: Terry Rozier (Charlotte Hornets) e Norman Powell (Portland Trail Blazers)

Scary Terry, como foi apelidado em seu tempo em Boston, tem mostrado o porquê de Michael Jordan ter oferecido um contrato que muitos consideravam absurdo para um jogador que vivia de altos e baixos, e essa temporada ele chegou ao ponto mais alto de sua carreira até agora.

O jovem armador vem acumulando números impressionantes de 20.4 pontos, 4.1 rebotes e 3.4 assistências por jogo, ajudando a impulsionar os Hornets para a quinta posição na conferência leste, ajudando a transformar os Hornets em um dos times mais excitantes para se assistir nessa temporada.

Norman Powell, campeão em 2019 com os Raptors, já vinha melhorando a cada temporada, mas o ala de 27 anos deu um passo a mais esse ano, se transformando em uma ameaça constante para os times adversários, pontuando em volume (19.4 pontos por jogo) e de forma eficiente (acertando 43.7% de seus arremessos de três pontos). Com esse nível de produção elevado, times que esperam brigar pelo campeonato foram até os Raptors com interesse em adquirir o atleta, algo que o Portland conseguiu em troca que envolveu o promissor ala armador Gary Trent e o veterano Rodney Hood.

Armador: De ‘Aaron Fox (Sacramento Kings)

Draftado pelo Sacramento Kings na quinta posição no draft de 2017, Fox chegou a uma franquia que muitos consideram disfuncional com o peso de reerguer esse time aos tempos de glória, como no inicio dos anos 2000, quando os Kings, com Chris Webber e Vlade Divac, enfrentaram os Lakers de Shaquille O’Neal e Kobe Bryant nas finais de conferência.

Mas resgatar uma franquia depende de diversos fatores, não somente de um jogador em específico, mesmo que esse jogador faça a parte dele excepcionalmente. Algo que Fox faz desde que chegou a NBA, evoluindo constantemente ao ponto de nessa temporada estar tendo médias de 24.6 pontos e 7.1 assistências por jogo, números incríveis para um jogador de apenas 23 anos que só vai melhorar com o tempo.

Ala armador: Shai Gildeous-Alexander (Oklahoma City Thunder)

Com apenas 22 anos Shai Gildeous Alexander, também conhecido como SGA, se tornou na peça-chave para o time que mais investe no futuro – Oklahoma City Thunder tem 34 escolhas do draft nos próximos 7 anos, sendo 17 delas de primeira rodada. O jovem armador canadense que chegou a OKC, junto com Danilo Gallinari (atualmente no Atlanta Hawks) e com mais 5 escolhas de primeira rodada, por meio de uma troca com o Los Angeles Clippers, que estava disposto a trocar todos esses elementos para adquirir o astro Paul George. Essa troca transformou o time de Los Angeles em candidatos ao título, enquanto a franquia de Oklahoma entrou em um processo de reconstrução.

Entretanto, a rápida evolução do jovem canadense deve ter surpreendido o seu ex time, que agora é obrigado a ver um ala armador alto, ágil, com boa envergadura e inteligente brilhar por outro time enquanto acumula médias de 23.7 pontos, 4.7 rebotes e 5.9 assistências por jogo, enquanto eles precisaram adquirir o veterano Rajon Rondo na trade deadline por conta da falta de um armador no time.

Ala: DeMar DeRozan (San Antonio Spurs)

O jogador mais experiente dessa lista, e isso diz muito sobre a carreira de DeRozan, um jogador que foi extremamente subestimado por toda a sua carreira mesmo sendo um jogador extremamente consistente, tendo médias de mais de 20 pontos por jogo a oito temporadas consecutivas, contando com a atual.

O ex – Raptor, que sempre apoiou o seu estilo de jogo em arremessos da média distancia, se reinventou quando chegou ao time de San Antonio comandado pelo lendário técnico Greg Popovich, adotando uma função de facilitador para o ataque e executando-a com perfeição, resultando em uma média de 7.0 assistências por jogo nessa temporada, números impressionantes em comparação a sua média de 3.1 no seu período em Toronto.

Ala pivô: Tobias Harris (Philadelphia 76ers)

Após assinar um contrato válido para os próximos 5 anos com o Philadelphia 76ers em 2019 pelo valor estonteante de 180 milhões de dólares, Harris se tornou em um alvo fácil para críticas, muitas vezes injustas, já que não era esperado um jogador com um resumo de carreira tão raso receber uma proposta tão volumosa. Porém, em meio as críticas o ala pivô se transformou na peça ideal para o esquema de jogo montado envolta de Joel Embiid, se transformando na segunda opção de pontuação em um time que necessitava de um ala que fosse capaz de criar o seu próprio arremesso da média e longa distância.

A chegada do técnico Doc Rivers também ajudou grandemente a evolução do atleta, o esquema feito pelo treinador diminuiu o número de arremessos de 3 pontos do atleta e aumentou as oportunidades para Harris ter arremessos mais fáceis perto da cesta, o que resultou no aumento da eficiência dos seus arremessos de 47.1% para 52.2% enquanto tem médias de 20.5 pontos e 7.3 rebotes por jogo.

Pivô: Clint Capela (Atlanta Hawks)

O pivô suíço chegou aos Hawks com a expectativa de ser uma ancora defensiva para um time que teve a pior defesa da última temporada e que constantemente perdia a batalha dos rebotes, e ele fez muito mais do que isso. O time de Atlanta na atual temporada é o oitavo no ranking de rebotes por jogo, categoria que Capela lidera a NBA, e a 15ª melhor defesa de acordo com a média de pontos sofridos por jogo, com o pivô sendo o jogador na liga com a terceira maior média de tocos por jogo.

Além de ser uma presença marcante no jogo defensivo, Capela tem mostrado sua importância no ataque, liderando a NBA em rebotes ofensivos e pontuando de forma eficiente, acertando 59.2% de seus arremessos de quadra, que chegam de forma tranquila para o pivô com os passes de Trae Young, que está entre os líderes de assistência de toda a NBA.

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