A Superliga feminina nessa temporada acabou no último dia 29 de abril, com o tetracampeonato do Minas e a confirmação da soberania do estado mineiro na competição nacional atualmente. Mas por trás da glória, fica a decepção. Quais os times que decepcionaram nessa edição do torneio? Ou que time?
Segundo maior campeão do torneio, com cinco títulos, atrás do maior rival Sesc Flamengo, o Osasco há algumas temporadas não vem mais sendo um dos protagonistas do torneio. Baixa no investimento do clube? Talvez.
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Nessa temporada, Luizomar de Moura montou uma equipe experiente para brigar pelo título da Superliga. Assim, coube a experiente Fabíola comandar o time em quadra. Além da levantadora, veio a bicampeã olímpica Fabiana e norte-americana Rachael Adams para aumentar a bagagem do clube em quadra. Além do trio, a oposta/ponteira Tifanny foi contratada pelo time paulista para, inicialmente, dividir a responsabilidade no ataque com Tandara. Michelle Pavão foi contratada para estabilizar o passe da equipe e comandar o fundo de quadra ao lado de Camila Brait.
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Antes da temporada começar, o time de Osasco era esse no papel. Um time experiente, com jogadoras rodadas e características ofensivas acentuadas. Na armação, Fabíola, no meio-de-rede, a experiência de Fabiana e Adams, nas extremas Tifanny e Michelle, na saída de rede, Tandara, e no fundo de quadra, a líbero Camila Brait. No papel, o time era considerado um dos grandes candidatos para brigar pelo título da Superliga, ao lado de Minas e Praia Clube.
Contudo, o clube paulista foi pego de surpresa, assim como Tandara, com o resultado positivo da jogadora no exame antidoping para uma substância proibida, ainda durante as Olimpíadas. Luizomar e a torcida esperaram a contraprova (negativa) do exame e o retorno da oposta durante todo o restante da temporada, mas não aconteceu. Dessa forma, coube a Tifanny atuar na saída de rede durante as competições da temporada, com Michelle e Carla nas pontas.
Assim, o que era considerado, no papel, antes da temporada começar, um dos melhores times da Superliga, virou um time mediano para brigar por uma das quatro vagas na semifinal do torneio. Ainda que continuasse tendo Fabiana e Adams, o time osasquense perdeu poderio ofensivo com a ausência de Tandara. A entrada de Carla na linha de passe, apesar de a ponteira demonstrar ser esforçada, deixou Camila Brait e Michelle expostas no fundo de quadra, deixando Fabíola sem a primeira opção de ataque com as centrais.
Classificado em quarto lugar para os playoffs da Superliga, o Osasco enfrentou o maior rival logo de cara nas quartas de final. Mesmo decidindo a série em casa, por ter tido melhor campanha que o Sesc Flamengo na fase anterior, o time de Luizomar venceu o primeiro jogo da série, mas nas duas partidas seguintes acabou levando um nó-tático de Bernardinho e foi eliminado pela primeira vez na história nas quartas de final do torneio.
O fato é que a ausência de Tandara após a jogadora ter sigo pega pelo exame antidoping, contribuiu para que o Osasco não conseguisse cumprir todas as expectativas do início da temporada. O time osasquense acabou pagando na eliminação para o maior rival justamente no que ficou exposto quando Luizomar precisou mexer com as peças que tinha no elenco para ajustar a equipe e dessa forma cobrir a saída da oposta: a linha de passe e o ataque ineficiente.