Gilson Kleina concedeu rica entrevista coletiva durante apresentação para dar início à quinta passagem como ‘novo’ treinador da Ponte Preta para disputa da Série B do Campeonato Brasileiro.
Com quase 200 jogos à frente da Macaca, treinador realizou reflexão dos quatro trabalhos desempenhados no Estádio Moisés Lucarelli a partir de 2011 e reconheceu mau desempenho na temporada retrasada/passada.
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“O meu ciclo de treinador eu iniciei em 2003/2004. Vai para 17 anos que sou mais treinador. O clube que eu mais treinei foi a Ponte Preta. Foi o maior número de jogos. Graças a Deus, eu tenho mais algumas agremiações em que eu tenho mais de 100 jogos. Na Ponte Preta, eu tenho 187 jogos. Foi aqui que nós tivemos grandes desempenhos, não só o acesso em 2011, não só a grande campanha que nós fizemos no Brasileiro, tanto no Paulista de 2012, na sexta ou sétima colocação no Brasileiro de 2012, na finalíssima de 2017 e a arrancada épica que nós tivemos em 2018. Por um ponto ou por um gol, nós não subimos naquele ano”, analisou.
“Essa última passagem foi mediana o meu desempenho, mas não quero isentar a minha parcela de culpa. Eu fiz essa reflexão nesse último ano e nesse último trabalho que eu realizei. É tentar colocar esses conceitos, mas tentar entender também o que a Ponte Preta precisa nesse momento. Então que essa minha quinta passagem seja novamente vitoriosa. O passado não vai vir no presente, mas que a gente possa construir, nesse novo ciclo, novamente um objetivo de conquistas. Que a nós possamos levar a Ponte Preta à elite do futebol brasileiro, que esse é o grande intuito. Nós sabemos que ela tem condições de participar, mas entender que nós vamos ter que passar por um processo. O processo é uma organização daquilo que a gente pensa e ter os ajustes para fazer uma equipe com identidade”, acrescentou.
RENOVADO
Aposta da diretoria executiva para substituir Fábio Moreno no comando técnico, Gilson Kleina admitiu ter se aprimorado profissionalmente antes de aceitar novo convite da Ponte Preta para 2021.
“Eu falei dessa forma, porque, quando a gente faz uma reflexão do último trabalho que eu tive, não foi um trabalho muito bom que eu realizei. Ao mesmo tempo, a gente está tentando se qualificar, tentando entender como é que é o mercado atual e como é que está essa modernidade. Então a gente se atualizou. Se você fizer uma pesquisa, se eu não me engano, no ano passado ou já nesse ano, 88% dos treinadores não tiveram sucesso, porque está tendo uma transição. Nós estamos passando por uma pandemia também, jogo sobre jogo e quase você não trabalha e não treina. Aí passa muito pelo plantel que você tem. Eu estou pregando união dentro da Ponte Preta. Então o respaldo que vem da nossa diretoria vai estar muito mais alinhado e muito mais vinculado ao trabalho do dia a dia”, pontuou.
‘É claro que o resultado determina muito. Infelizmente, se o resultado não vir, fomenta muita coisa, mas eu quero que o resultado venha. Mesmo que não venha, acreditar que esse processo vai ser necessário para as coisas acontecerem, porque nós vamos fazer um alicerce e aí a Ponte Preta vai consolidar e vai brigar por coisas grandes. Não resta a menor dúvida. Então é isso que eu acredito. Eu acho que todo mundo amadureceu e todo mundo que está nesse dia, principalmente a nossa diretoria e o nosso comando. Sabemos que, para comandar a Ponte Preta, você tem que estar muito atuante. Eu acho que é focar”, prosseguiu.
“É focar no trabalho para a gente poder ter respiro e ter tranquilidade. É a gente viver um jogo de cada vez. A nossa sequência da Ponte Preta tem um início com equipes bem fortes, que é o caso agora do Vasco e, depois, Sampaio Corrêa, Cruzeiro e o dérbi. Então a gente tem que viver um jogo de cada vez, mas nós precisamos crescer. Aí, sim, pode ter certeza de que nós podemos ter não só futebol de resultado, mas futebol de desempenho para a gente consolidar a Ponte no campeonato de regularidade com vitórias”, finalizou.
E AGORA?
A reestreia de Kleina pela Ponte Preta, derrotada diante do Brusque na estreia, acontece neste domingo, diante do Vasco da Gama, no Estádio Moisés Lucarelli, às 16h, pela segunda rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
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