A Ponte Preta fracassou após 25 dias sem compromissos no Campeonato Paulista e foi eliminada pelo Criciúma na segunda fase da Copa do Brasil, nesta quinta-feira à noite, nas cobranças de pênaltis.
Após empate no tempo regulamentar pelo placar de 1 a 1, no Estádio Heriberto Hulse, Macaca foi superada pelo Tigre na marca da cal por 5 a 4, e deu adeus à possibilidade de embolsar premiação de R$ 1,7 milhão em caso de classificação – Vini Locatelli foi o vilão.
Durante os 90 minutos, Camilo abriu o marcador a favor da Alvinegra, enquanto Philipe Maia, ex-zagueiro do rival Guarani, igualou em voleio dentro da área.
Com queda precoce e inesperada, time campineiro fica fora da competição mais importante no que diz respeito ao faturamento no país e passa a se concentrar exclusivamente no Estadual, cuja data de retorno ainda não está definida.
O JOGO
A etapa inicial no Heriberto Hulse foi marcada por boa movimentação e intensidade, mas pouca qualidade.
A Ponte Preta, por cerca de dez minutos, controlou a partida e deu indicativos de que iria ensaiar uma pressão, mas só deixou, de fato, a impressão à torcida.
No geral, Alvinegra fez um primeiro tempo pragmático, sonolento, com mau posicionamento de algumas peças e pobreza técnica coletiva.
Os comandados de Fábio Moreno estiveram espaçados em campo, em especial no meio, e proporcionaram grande brecha para o sistema ofensivo do Criciúma se movimentar e flutuar com liberdade.
A transição, por exemplo, foi prejudicada com dois volantes marcadores no meio-campo – Dawhan e Barreto -, enquanto Camilo, bem apagado, atuou aberto pela ponta esquerda, o que provocou perda da capacidade de organizar as jogadas na parte central.
Prova da desorganização no setor foi a inexistência de jogadas construídas na frente e pouquíssimas bolas nos pés dos atacantes.
O time campineiro só acordou a partir dos 39, quando emplacou três boas chances de abrir o placar no interior catarinense com Camilo, Apodi e João Veras. O goleiro do Criciúma, porém, não trabalhou e foi mero espectador.
Sem trocar peças, mas com outro comportamento, a Ponte Preta teve largada positiva no segundo tempo e tirou o primeiro zero do placar aos 14, em cobrança de falta de Camilo.
A vantagem, entretanto, durou por apenas 13 minutos, quando Philipe Maia, em voleio dentro da área, após bola mal afastada pela zaga pontepretana, superou Ygor Vinhas e igualou.
No decorrer do segundo tempo, ciente dos problemas de exposição no ataque, o Criciúma abaixou as linhas e ‘administrou’ o placar para levar a decisão às penalidades.
Na cal, Vini Locatelli, um dos cotados para ser titular no time de Fábio Moreno, foi o responsável direto pela desclassificação da Ponte Preta, ao chutar por cima do gol.
O arqueiro Ygor Vinhas, por sua vez, não chegou perto de defender nenhuma batida do Criciúma, que mostrou perfeição, frieza e bom treinamento no fundamento.
FICHA TÉCNICA: CRICIÚMA 1 (5 x 4) 1 PONTE PRETA
CRICIÚMA: Alisson; Claudinho, Alemão, Philipe Maia e Hélder; Adenílson, Eduardo, Moacir (João Carlos) e Dudu (Mateus Anderson); Gabriel Silva (Pedrinho) e Uilliam Barros (Marcos Índio). Técnico: Wilsão
PONTE PRETA: Ygor Vinhas; Apodi, Luizão, Ruan Renato e Yuri (Jean Carlos); Dawhan (Vini Locatelli), Barreto (Léo Naldi) e Camilo; Pedrinho (Niltinho), Moisés e João Veras. Técnico: Fábio Moreno
Gols: Philipe Maia (CRI) e Camilo (PON)
Cartões amarelos: Alemão e Uilliam Barros (CRI) e Ruan Renato e Yuri (PON)
Local: Estádio Heriberto Hulse, em Criciúma (SP)
Público e renda: portões fechados
Árbitro: Paulo César Zanovelli (MG)
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