O Grêmio comemora 37 anos da sua primeira Libertadores. Foi em uma quinta-feira, 28 de julho de 1983, em uma noite fria – abaixo dos 10ºC em Porto Alegre. Porém, o que aconteceu no bairro da Azenha, aos olhos de mais de 73 mil espectadores dentro do Estádio Olímpico Monumental, fez todos esquecerem a temperatura do inverno sulista.
Toda a trajetória naquela Copa Libertadores teve provações para o então vice-campeão brasileiro. Altitude em La Paz, duelos na fase de grupo contra o Flamengo, batalha de La Plata e, enfim, o então campeão mundial na grande final, o Peñarol.
Foi um jogo nervoso, com divididas ríspidas e de muito contato. Após o empate de 1 a 1 no jogo da ida, em Montevidéu, o duelo reservava grandes expectativas para volta.
No Olímpico, aos dez minutos da primeira etapa, Osvaldo cruzou rasteiro para Caio, que de carrinho completou para a rede. Após manter um bom nível no primeiro tempo, o Tricolor Gaúcho começou a sofrer um pressão da equipe uruguaia. Aos 25 minutos da etapa complementar, conseguiram cavar uma falta. Oito jogadores do Peñarol estão colocados dentro da área gremista. Morena, o artilheiro uruguaio, sobe e testa para o fundo do gol.
A igualdade no marcador não era bom negócio aos gremistas, que teriam que jogar uma partida de desempate em Buenos Aires. Então, aos 32 minutos, Tarciso cobra lateral para Renato Portaluppi, que estava sem espaço para qualquer ação. Então, o jogador gremista levanta a bola com o peito do pé e faz um belo cruzamento para dentro da área uruguaia, onde chega César que, de peixinho, estufa a meta defendida por Fernandez.
Antes do apito final, uma grande confusão na intermediária acontece. Ramos, agride Mazaropi. Logo após, Renato agride Ramos. Ambos foram expulsos, não antes de Renato provocar o time uruguaio fazendo o sinal de 2 a 1 com as mãos. Aos 46 minutos o árbitro Edson Perez ergue os braços. O Grêmio pinta a América de azul, preto e branco pela primeira vez.
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