Basquete
Promessa da NBA, Ja Morant solicita retirada de estátua que honra supremacista branco nos EUA
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Um dos principais candidatos ao prêmio de melhor calouro da temporada 2019/2020 da NBA, Ja Morant, armador do Memphis Grizzlies, foi mais um jogador da liga a tomar uma atitude no combate ao racismo estrutural nos Estados Unidos.
Neste sábado, Morant enviou uma carta ao juiz do condado de Kentucky, estado onde está localizada a Murray State University, universidade na qual o armador atuou no basquete universitário.
Na mensagem, Ja Morant solicitou que fosse retirada uma estátua em homenagem a Robert E. Lee, líder militar, e aos combatentes do Exército dos Estados Confederados, que lutaram na Guerra Civil Americana, entre 1861 e 1865. Pertencentes à aliança formada por estados do Sul dos Estados Unidos, esses militares representavam, entre outros pontos, a defesa da permanência do trabalho escravo no país.
“Ao Sr. Kenneth C. Imes. Me chamo Ja Morant. Eu fui estudante e atleta da Murray State University, entre 2017 e 2019, e fui selecionado na segunda escolha geral do Draft de 2019 da NBA pelo Memphis Grizzlies. Me apresento a você e compartilho minhas preocupações sobre um símbolo de supremacia branca, racismo e ódio em evidência na comunidade. Estou escrevendo para pedir a você que retire imediatamente a Estátua dos Confederados, localizada na praça da cidade de Murray”, escreveu Ja Morant, em tradução livre, em um trecho da carta.
“Como um jovem negro, não consigo expressar suficientemente o quão é perturbador e opressivo saber que a cidade ainda honra um general de guerra Confederado, que defendia a supremacia branca e o ódio. Dados os eventos recentes e o movimento Black Lives Matter, é necessário agir agora. Não podemos mudar a cultura do racismo, a menos que mudemos a celebração do racismo. Por favor, ajude-nos a tomar uma posição e remover o símbolo de ódio e opressão”, concluiu.
No início do mês, o assistente técnico de futebol americano da Murray University State também realizou um pedido às autoridades locais para que o monumento fosse retirado. Além disso, há uma petição online para que o ato seja realizado.
Desde que os protestos contra o racismo e a violência policial contra negros começaram, impulsionados pela morte de George Floyd, diversos atletas da NBA se manifestaram e também participaram das marchas nas ruas dos EUA. Aos 20 anos de idade, o armador se junta a nomes como LeBron James, Stephen Curry, Klay Thompson, Damian Lillard, Jaylen Brown e Malcolm Brogdon.