Giga Chikadze e Edson Barbosa fizeram um duelo de tirar o folego no último sábado (29), porém Giga foi mais ativo no combate e conseguiu vencer o brasileiro no terceiro round. O georgiano emplacou a sétima vitória no UFC e entra no radar dos lutadores do top 5. Quem ficou feliz com a atuação de gala do atleta foi Rafael Cordeiro, treinador da Kings MMA.
Rafael concedeu entrevista ao Combate e fez questão de elogiar Edson Barbosa e sua coragem de enfrentar Giga Chikadze. O líder da Kings MMA demostrou bastante respeito ao atleta brasileiro.
– Primeiro eu quero demonstrar todo meu respeito pelo Edson, que estava na frente do Giga no ranking e aceitou essa luta. As pessoas quando estão no ranking querem lutar com quem está na frente delas, pois querem lutar pelo título. Quando o Edson deu esse passo para trás pegando alguém que estava atrás dele, ele não sabia se isso seria um passo atrás ou não, mas a coragem dele de aceitar, não por medo do Giga, mas pela posição no ranking, pode ser um erro. É um risco, pois não é todo mundo que aceita – afirmou.
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Rafael Cordeiro mostrou que estava bastante satisfeito com o trabalho realizado pelo seu lutador. O treinador ainda ressaltou que o georgiano é como um filho para ele.
– Estou muito feliz. O Giga vem numa crescente muito grande, são sete vitórias seguidas com performances de gente grande. Ele é um garoto que acabou de entrar no UFC e já está cotado para disputar o cinturão. A gente está muito feliz pelo trabalho que vem sendo feito. Nós somos um time e esse garoto é como se fosse um filho pra mim. O orgulho que estou sentindo hoje, tenho certeza que ele vai longe. Estou muito feliz.
O treinador aposta que o lutador vai fazer mais um main event após a sétima vitória consecutiva.
– A gente tem que se preparar cada vez melhor. Temos que nos preparar para os próximos main event, acredito que esse será o primeiro de vários, há muitas coisas grandes para acontecer. Ele ainda pode melhorar muito, é um garoto novo e isso é muito legal. A gente tem muita coisa pra corrigir, isso que faz do esporte uma coisa legal e da nossa academia um lugar especial. É um time que está ali vivendo, torcendo e se matando um pelo outro. Tem muita gente feliz com a gente hoje na Califórnia, na Geórgia e no Brasil também, pois sei que muitas pessoas gostam do nosso trabalho lá.
Rafael também fez questão de frisar que a era do trash talk acabou. O brasileiro ressaltou que as artes marciais estão voltando para seu curso natural. Além de nomear a era atual de ´era do McGregor`
– E no final do dia, a arte marcial está voltando pro seu curso natural, que é a não falação, é o respeito. Tem que ser assim. Essa era do (Conor) McGregor acabou. Quem seguiu aquela época de ficar falando muito ficou pra trás, porque o criador disso se perdeu. Vamos voltar para aquela era de se matar lá dentro, mas depois da luta vamos apertar a mão e acabou. Isso é uma coisa que eu aprendi depois de velho, pois eu sou de um tempo de matar ou morrer, olho no olho, e não vou cumprimentar, essas coisas, e aprendemos com o tempo. A gente nunca é velho pra aprender. Com 48 anos eu aprendi que a melhor coisa é depositar dentro do octógono todas as suas emoções. Emoção depositada fora não tem ganho nenhum.