Vasco

Raniel, do Vasco, fala em ‘desabafo’ na comemoração contra o Sport: ‘Me chamaram de drogado e traficante’

Sport Vasco
Foto: Daniel Ramalho/Vasco

Nesta segunda-feira, um dia depois do empate em 1 a 1 entre Sport e Vasco, o atacante Raniel abriu o jogo sobre a confusão no fim da partida. O jogador fez o gol do Cruz-Maltino aos 48′ do segundo tempo e comemorou na frente da torcida do Leão. Em seguida, alguns torcedores jogaram objetos na direção dos jogadores no Gigante da Colina e invadiram o campo, agredindo funcionários da segurança e bombeiros.

+ Procuradoria do STJD denuncia Sport, que pode ficar sem Ilha do Retiro e perder ponto; Jogadores do Vasco também podem ser punidos

+ Polícia Militar afirma que garantiu segurança para retomada de partida entre Sport e Vasco

Cria do Santa Cruz, rival do Sport, Raniel falou sobre o clima do jogo e o seu histórico contra o time da Ilha do Retiro.

– Sempre que joguei na Ilha recebi muitas provocações. E ontem não foi diferente. Me chamaram de noiado, de drogado e de traficante – afirmou Raniel em entrevista ao “Uol”, antes de completar:

– Sou ser humano, estou sujeito a erros. Mas o pessoal também errou, né? A partir do momento que me atacaram ao me chamar de noiado, drogado e traficante. Até porque comemorei um gol da forma que eu achava que eu deveria comemorar. Foi um desabafo meu. E não acho que fiz nada de mais para causar aquilo tudo. Desnecessário.

Com a invasão dos torcedores do Sport, os jogadores do Vasco correram para o vestiário da Ilha do Retiro. E, de acordo com Raniel, também houve tentativa de invasão do local.

– Nós fomos correndo para o vestiário, né? O Zé me puxou, fui correndo. Alguns jogadores tentaram bater na gente. E no vestiário teve mais tumulto. A gente ficou ali dentro esperando o apoio da segurança e polícia. Uma situação constrangedora. Nós nos juntamos e falamos ‘fica todo mundo junto aqui! Não separa, eles querem invadir’. Demoramos para sair do estádio, foi bastante tempo. Ficamos por lá até o batalhão de choque dizer que tinham limpado as ruas.

– E senti mal por ter sido, querendo ou não, o pivô desse acontecido. Mas fui o pivô de forma injusta, né? Só por eu ter comemorado o gol. Fiz o gol, comemorei. E fui tratado como marginal por isso, tentaram invadir o vestiário por causa disso… Tomou uma proporção que não deveria tomar – lamentou o atacante.

Para Raniel, o fato dele ter sido revelado no Santa Cruz pode ter potencializado o clima de tensão e das provocações. Além disso, o próprio resultado do jogo, com o Sport perdendo a vantagem e despediçando a chance de encostar no Vasco também influenciou.

– Se fosse outro jogador fazendo aquilo ali, talvez não desse essa confusão toda. Por eu ser da base do Santa… Já provoquei o Sport em outros momentos, eles também já provocaram também. É isso, é futebol. Tem de saber provocar e saber receber provocação. Por eu ter sido do Santa Cruz, acho que deixou eles mais irritados – comentou Raniel, antes de completar:

– Também acho que aconteceu mais por já estar 1 a 0 para o Sport, jogo decisivo, eles poderiam chegar na gente. E acharam que iriam ganhar, eu fiz o gol… E aí tomou essa proporção toda. Mas me chamaram de marginal, isso aquilo, por eu ter comemorado um gol. Não é justo, né? Graças a Deus acabou tudo bem, não teve nenhum ferido ou coisa mais grave – finalizou o atacante.

Siga o Esporte News Mundo no InstagramTwitter, e Facebook.

Pela comemoração, Raniel acabou expulso pelo árbitro Raphael Claus, que classificou a celebração como “provocação”. Por isso, o atacante também foi denunciado pela Procuradoria do STJD e pode ser suspenso de dois a seis jogos. Além disso, também foi pedido a suspensão preventiva do jogador.

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo