Nessa quinta-feira (3), Vitória e Internacional se enfrentam pela 3ª fase da Copa do Brasil. Os clubes, nos últimos anos, criaram uma certa rivalidade depois do Campeonato Brasileiro de 2016, onde ambos lutavam contra o rebaixamento e o descenso chegou a ser decidido na Suíça no “Caso Victor Ramos” , e a Copa do Brasil de 2018, quando os baianos eliminaram a equipe colorada. Porém, a história dos embates entre as duas equipes é mais antigo.
O primeiro confronto entre as equipes foi pelo Campeonato Brasileiro de 1972. Na estreia, o Internacional venceu a partida, em casa, por 1×0. Os baianos só conseguiram vencer a primeira contra os gaúchos pelo Brasileirão de 1996. Nesse período sem vitórias do Leão ocorreu a maior goleada dos confrontos. Em 1975, o colorado, que seria campeão brasileiro meses depois, venceu em Salvador por 5×0. Essa primeira vitória baiana deu início ao equilíbrio na disputa entre as equipes. Se até o confronto de 1996 o Internacional dominava o confronto, com 7 vitórias e 3 empates, hoje são 15 partidas vencidas pelo colorado, 13 vencidas pelo leão e 11 empates.
Enquanto em números gerais, a vantagem é do clube gaúcho, quando se trata da Copa do Brasil, os dados são favoráveis aos baianos. As equipes se enfrentaram pela Copa do Brasil de 2004 e 2018, e o Vitória eliminou o Internacional nas duas ocasioes. Em 2004, pelas oitavas de final, um empate por 1×1 no Beira-Rio e uma vitória por 3×1 em Salvador garantiram a clássificação baiana. Já em 2018, pelas quartas de final, o Internacional foi a Salvador com a vantagem, depois de vencer em casa por 2×1. Porem, no jogo de volta, o Vitória venceu por 1×0 no tempo normal. A partida, que foi para os pênaltis, terminou nos 4×3 que classificou os baianos.
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Mesmo com confrontos em fases eliminatórias, o ponto mais importante na rivalidade entre os clubes ocorreu no Campeonato Brasileiro de 2016. As duas equipes lutavam contra o rebaixamento e o Internacional acabou caindo para a segunda divisão ao final do campeonato. Porém, esse rebaixamento só foi definido pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). Os gaúchos afirmavam que Victor Ramos, zagueiro da equipe baiana na época e atualmente no Juventude, foi escalado de maneira irregular pelo Vitória no Campeonato Brasileiro daquele ano. Segundo o Internacional, a transferência do Palmeiras para o Vitória teria sido considerada nacional, quando na verdade deveria ter sido uma transferência internacional, pois os direitos do defensor no momento pertenciam ao Monterrey, do México.
Para comprovar que o Vitória agiu de má-fé, o Internacional anexou ao processo uma suposta troca de e-mails entre a diretoria do Vitória e Reynaldo Buzzoni. No documento, o diretor da CBF recomendava que a transferência de Victor Ramos fosse feita com o regramento de uma transferência internacional. No julgamento, descobriu-se que os e-mails não eram originais e que foram adulterados pelo próprio empresário de Victor Ramos. A intenção era traduzir a questão para o clube mexicano.
Com isso, o Internacional acabou confirmando seu rebaixamento, além de ter sido multado pelo STJD em 720 mil reais. Além disso, o então presidente do Internacional, Vitório Piffero, foi multado em 90 mil reais e foi punido com seu afastamento do futebol por 555 dias.
