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Relembre como foi a primeira passagem de Zé Ricardo pelo Vasco

Foto: Paulo Fernandes/Vasco

Parece ser questão de tempo para que Zé Ricardo seja anunciado oficialmente de volta ao Vasco da Gama. Como foi falado durante a semana pelo próprio presidente Jorge Salgado, o técnico era visto como prioridade para a reformulação esportiva no clube, e, agora, de pré-contrato assinado, sua volta para o Brasil é iminente e deve acontecer assim que ele concluir todas as suas pendências no Catar.

Ainda sem um diretor de futebol apresentado, a expectativa é que Zé também participe da escolha para a nova contratação. A partir disso, ambos devem montar o planejamento futebolístico para o Vasco em 2022.

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Esta, no entanto, não será a primeira vez que ele comandará o Gigante da Colina. E é por isso que, nós, do Esporte News Mundo, vamos relembrar alguns do momentos mais importante da primeira passagem dele por São Januário.

Seu primeiro jogo foi em 26 de agosto de 2017 e já estreou vencendo o rival Fluminense, por 1 a 0 com gol de Ramon, pelo Brasileirão. Sem outras competições para disputar àquela altura, o foco total era a liga nacional. E, naquela ocasião, Zé saiu muito bem-sucedido, pois arrancou com sua equipe na tabela e conquistou uma vaga na pré-Libertadores, competição que o clube não disputava desde 2012.

Ele terminou o Campeonato Brasileiro na sétima posição e teve um bom retrospecto em números. Foram apenas duas derrotas, oito vitórias e sete empates. Vale ressaltar também que o Vasco terminou a competição invicto nos clássicos locais sob o comando de Zé Ricardo. O time base que encerrou o ano era formado por: Martín Silva; Madson (Gilberto), Paulão, Breno e Henrique; Wellington e Evander (Jean); Yago Pikachu, Nenê e Paulinho; Andy Rios.

Se o fim de 2017 foi bom, o início de 2018 foi comprometedor para o Vasco e para Zé, fazendo com que sua queda ficasse cada vez mais próxima com o passar dos jogos.

Classificar para a pré-Libertadores no ano anterior foi ótimo, mas tal fato também traria desafios para o Vasco, tanto no campo, quanto no calendário. Tendo que conciliar a competição continental e o Campeonato Carioca no início do ano, o clube não conseguiu sustentar as boas atuações e acabou sucumbindo em ambos torneios.

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No Carioca, a péssima campanha na fase de grupos na Taça Guanabara – terminando em 3º lugar, atrás de Flamengo e Bangu – fez com que o clube ficasse fora das semifinais do turno. Na Taça Rio, houve uma boa recuperação e o Vasco liderou seu grupo, indo para a semifinal para jogar pelo empate. No entanto, foi derrotado por 3 a 2 pelo Botafogo e acabou eliminado.

Todavia, graças ao regulamento do Campeonato Carioca àquela época, o Vasco conseguiu ir para a final do torneio mesmo não tendo vencido nenhum de seus turnos. Foi para a semifinal por conta da pontuação geral e eliminou o Fluminense na vitória sofrida por 3 a 2, com direito a gol vencedor de Fabrício nos minutos finais.

O adversário na final então foi o Botafogo. Na partida de ida, vitória para o time de Zé Ricardo por 3 a 2 no Engenhão. E na volta, a equipe estava se tornando campeã carioca até o minuto 95, quando Joel Carli fez 1 a 0 para os alvinegros e levou a decisão para os pênaltis. A derrota por 4 a 3 nas penalidades acabou vindo de maneira muito cruel, mas, também, justa pra um time que já estava em uma queda de desempenho e acabou ‘caindo de paraquedas’ na final estadual.

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Na Libertadores, o desastre foi ainda mais evidente. Após despachar o Universidad de Concepción na primeira fase pelo agregado de 6 a 0, o clube estava vivendo seus melhores sonhos. No entanto, a segunda fase já deixou um alerta ligado quando o Vasco aplicou 4 a 0 no Jorge Wilstermann em São Januário, mas permitiu com que a equipe boliviana devolvesse o placar na partida de volta. Nos pênaltis, Martín Silva foi o herói e colocou o time na fase de grupos.

Outro ponto negativo da pré-Libertadores é o risco de cair em um grupo já com maiores forças devido ao pote inferior que os times da pré ocupam. E foi justamente o que aconteceu com o Vasco. Em um dos grupos mais difíceis daquela edição, com Cruzeiro, Racing e Universidad de Chile, o clube apenas sucumbiu diante dos outros elencos superiores e as atuações deixaram evidente a queda de rendimento e a falta de qualidade no elenco montado pelo próprio Zé Ricardo.

No fim, o Vasco venceu apenas um jogo no grupo – quando já estava eliminado – e foi goleado duas vezes, uma delas dentro de São Januário, por 4 a 0 para Racing e Cruzeiro. Ficou em 3º com cinco pontos e, ao menos, conseguiu uma vaga para a sul-americana, na qual também seria eliminado mais tarde, mas já sob o comando de Jorginho.

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Os fracassos no Carioca e na Libertadores não geraram a demissão de Zé Ricardo, entretanto, minaram seu trabalho a ponto de que ele iniciasse o Brasileirão repleto de insegurança e desconfiança. Nesse cenário, a queda parecia iminente e não demorou muito. Na 9ª rodada, após a derrota no clássico por 2 a 1 para o Botafogo, no dia 2 de junho, Zé não resistiu e foi demitido. A última equipe que ele mando à campo foi: Fernando Miguel; Luiz Gustavo, Erazo, Ricardo Graça e Fabrício; Desábato e Andrey; Yago Pikachu, Giovanni Augusto e Wagner; Andy Rios. Em toda a sua passagem foram 49 jogos, 23 vitórias, 13 empates e 13 derrotas.

No geral, podemos definir que Zé Ricardo teve uma passagem mediana pelo Gigante da Colina. Conquistou uma surpreendente vaga na Libertadores em 2017 e, mesmo aos trancos e barrancos, conseguiu ir para a fase de grupos em 2018. No entanto, sua reta final ficou muito marcada por atuações ruins e goleadas dolorosas, como nas três vezes que sofreu 4 a 0 na Libertadores (Jorge Wilstermann, Racing e Cruzeiro) e no 3 a 0 sofrido para o Bahia já no Brasileirão. O que chama atenção na nova recontratação do técnico é que na oportunidade em que ele teve de montar o elenco e realizar toda a pré-temporada com o clube, acabou não tendo sucesso. E, dessa vez, Zé está vindo justamente para uma reformulação de elenco e novo planejamento para 2022. Nos resta aguardar para saber como será o desempenho do Gigante sob seu comando, tanto no mercado, quanto no campo e bola.

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