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Relembre momentos memoráveis do US Open

Momentos memoráveis do US Open
Foto: Reprodução/US Open

A partir desta segunda-feira, 30, os olhos do mundo do tênis estarão voltados para o Flushing Meadows, em Nova Iorque, para a abertura do US Open. Para marcar o início do último Grand Slam do ano, o Esporte News Mundo separou 15 histórias de campeões do Major em solo americano.

Como estamos considerando as finais do Aberto dos Estados Unidos, as partidas antes do início da Era Aberta não serão incluídas.

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O quinto título consecutivo de Roger Federer

Quando entrou em quadra no dia 8 de setembro de 2008, Roger Federer já tinha consciência de como era ser campeão do US Open, afinal já havia conquistado quatro troféus no ano anterior. Ele estava pressionado por novas conquistas, pois havia perdido a final em Roland Garros e em Wimbledon. Mais do que isso, o título daquele ano colocaria o suíço na galeria dos tenistas com cinco títulos em Nova Iorque, sendo o único a conquistar de maneira consecutiva. Com todos esses elementos e o apoio da torcida, Andy Murray, não foi páreo para um dos maiores jogadores de tênis da história. Vitória por 3 sets a 0 e o nome escrito na história do US Open. 

Curiosidade: na campanha do quinto título, Roger Federer passou pelo brasileiro Thiago Alves na segunda rodada.

Del Potro choca o mundo do tênis

Um ano depois Roger Federer teve a chance de se tornar o primeiro homem desde Rod Laver a ganhar um Grand Slam no mesmo ano. O suíço perseguia o seu histórico sexto Aberto dos Estados Unidos consecutivo. Porém, do outro lado da quadra estava o argentino Juan Martin Del Potro, de apenas 20 anos, e em sua primeira final. Em um confronto épico, Federer esteve a dois pontos de conquistar o título no quarto set, mas o jovem argentino mostrou nervos de aço e virou a partida para ficar com o troféu em uma batalha de 4h05.

— Tive dois sonhos esta semana. Um era vencer o US Open e o outro era ser como o Roger. Um está feito, mas preciso melhorar muito para ser como você — disse o argentino, olhando para Federer ao final do encontro.

Na campanha, Juan Martin Del Potro eliminou também Rafael Nadal na semifinal por 3 sets a 0. Este é o único Grand Slam em que Novak Djokovic, Roger Federer e Rafael Nadal chegaram às semifinais, mas nenhum deles venceu o campeonato.

O primeiro de Rafael Nadal

Rafael Nadal chegou ao Aberto dos Estados Unidos de 2010 como número 1 do mundo, dono de oito Grand Slams, medalhista olímpico em Pequim 2008, mas lhe faltava o último título da temporada. Faltava até setembro daquele ano.

Diante de Novak Djokovic, o rei do saibro levou a melhor em uma partida marcada pelo alto nível técnico do espanhol, que fechou o jogo em 3 sets a 1 (6/4, 5/7, 6/4 e 6/2). A vitória colocou Rafael Nadal ao lado de Andre Agassi como os únicos tenistas a conquistarem os quatro Grand Slams e a medalha de ouro Olímpica.

O Grand Slam de Steffi Graf

Stefanie Maria ‘Steffi’ Graf é uma acumuladora de recordes e está sempre entre as três melhores quando falamos em títulos. Maior número de semanas classificada como número 1 do ranking mundial, segunda maior vencedora de Grand Slam da Era Aberta, terceira na lista de todos os tempos com mais títulos. Além disso, a alemã é a única que venceu cada torneio de Grand Slam ao menos quatro vezes e, ao lado de Margaret Court, é a única que ganhou três Majors em um ano cinco vezes. 

Mas foi em 1988 que Steffi Graf conseguiu um feito histórico. A primeira e única tenista a conquistar os quatro Grand Slams na mesma temporada. Para isso, ela derrotou na final do US Open a argentina Gabriela Sabatini por 2 sets a 1 (6/3, 3/6, 6/1). Esse feito é o que tenta Novak Djokovic no US Open deste ano.

Chegou a vez de Novak Djokovic

Se Steffi Graf é uma máquina de recordes no feminino, Novak Djokovic está se provando um faminto por recordes no masculino. É o líder em semanas como número 1 do mundo e possui o maior número de Grand Slams (20) igualado com Roger Federer e Rafael Nadal. E a história de títulos do sérvio no US Open começou em 2011, na revanche diante de Rafael Nadal, que ficou com o troféu na edição anterior. 

Mais uma vez, como normalmente são os encontros entre Nole e Nadal, os pontos foram longos, disputados e fisicamente os atletas entregaram tudo dentro de quadra. Mas esse era o ano de Djokovic que venceu o espanhol por 3 sets a 1 (6/2, 6/4, 6/7, 6/1) para erguer pela primeira vez o troféu em Nova Iorque.

Andy Murray supera batalha mental com Novak Djokovic

A saga para um troféu de Grand Slam nunca foi fácil para Andy Murray. O britânico teve de enfrentar o auge de três dos maiores tenistas que o mundo já viu. Superar a resistência e potência de Rafael Nadal, o jogo físico e mental de Novak Djokovic e a qualidade e técnica de Roger Federer é difícil para qualquer atleta, mesmo nos dias de hoje e Murray sempre esteve lá, incomodando os grandes, mas sucumbindo em momentos decisivos. Mas tudo isso mudou no US Open de 2012

Em uma corrida para o título impressionante, Andy Murray abriu 2 sets a 0 e parecia encaminhar o primeiro título, mas viu Djokovic crescer e levar a decisão para o quinto set. Mas aquele 12 de setembro de 2012 era realmente o dia, a vez, de Andy Murray. Ele venceu o set decisivo e depois de quatro vice-campeonatos pôde, enfim, fazer jus ao seu legado em uma das finais mais épicas da década.

— Eu provei que posso ganhar os Grand Slams. E eu provei que posso durar quatro horas e meia e sair por cima contra um dos caras mais fortes fisicamente que o tênis provavelmente já viu, especialmente nessa superfície. Aprendi para não duvidar fisicamente e mentalmente de agora em diante — disse o atleta ao conquistar o US Open.

A rivalidade Sampras e Agassi

Uma das grandes rivalidades entre americanos que o US Open proporcionou foi entre Andre Agassi e Pete Sampras. Os dois se encontraram em três finais e todas foram vencidas por Sampras. A primeira delas foi em 1990 quando o então número 12 do mundo conquistou uma grande vitória em sets diretos para se tornar o mais jovem vencedor do US Open, então com 19 anos. A decisão voltou a se repetir em 1995 e 2002, sempre com Sampas levando a melhor. 

Mas a partida mais épica desta série aconteceu nas quartas de final de 2001. Os dois maiores jogadores americanos de sua época lutando por uma vaga na semifinal em Nova Iorque. A partida foi tão equilibrada que nos quatro sets não houve quebras de saque do adversário, com o jogo indo ao tiebreak até que Sampras venceu o duelo com o público aplaudindo em pé os dois tenistas.

Navratilova e a conquista tripla do US Open

Especialistas em tênis acreditam que Martina Navratilova pode ser a maior tenista feminina de todos os tempos, principalmente pela versatilidade como uma magnífica jogadora de simples e uma e uma duplista de primeira linha. E isso ficou provado em 1987. Aos 30 anos, Navratilova comemorou seu melhor ano no Aberto dos Estados Unidos. Ela derrotou sua principal rival Steffi Graf na final de simples, vencendo a disputa por 7/6, 6/1.

Um dia depois, ao lado de Pam Shriver venceu a final de duplas femininas contra Liz Smylie e Kathy Jordan por 2 sets a 1, de virada. Para completar o US Open histórico, Navratilova e Emilio Sanchez, da Espanha, conquistaram o título nas duplas mistas ao derrotar Betsy Nagelsen e Paul Annacone, também por 2 sets a 1. 

E assim Navratilova conseguiu o triplo troféu do US Open e afirmando para sua legião de admiradores que não havia jogador mais completo no tênis. Até hoje, ninguém conseguiu tal feito e é altamente improvável que alguém consiga novamente no futuro. 

Serena Williams faz história e conquista seis títulos

O ano de 2014 definitivamente não era o de Serena Williams, uma das maiores tenistas femininas de todos os tempos. Não era, até chegar o US Open. Com uma performance brilhante, Serena cedeu apenas 32 games, em 14 sets disputados durante o torneio. E em nenhum confronto ela deixou passar de 6/3. O troféu foi o sexto de Serena, que igualou o recorde de Chris Evert e o 18º Major da carreira. 

— Significa muito para mim. Eu simplesmente nunca poderia imaginar que seria mencionada com Chris Evert e Martina Navratilova porque eu era apenas uma criança com um sonho e uma raquete — disse a americana.

O título da geração dos anos 90 com Dominic Thiem

O século 21 do US Open não foi fácil para os atletas nascidos nos anos 90. Superar Nadal, Federer e Djokovic parecia algo de outro mundo. E ainda é. Mas no Aberto dos Estados Unidos de 2020, essa sina foi quebrada. Pela primeira vez, dois atletas nascidos entre 1990 e 1999 chegaram à decisão do Grand Slam. Coube a Dominic Thiem e Alexander Zverev a missão de decidir quem seria o grande campeão.

O duelo foi bastante equilibrado e decidido no tiebreak do quinto set, com o austriaco levando a melhor sobre o alemão com uma virada incrível já que perdia o confronto por 2 sets a 0. Este foi o primeiro e único Grand Slam conquistado por Thiem até o momento. Zverev tentará neste ano chegar a mais uma final de Major.

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