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Reservas do Fluminense pedem passagem e plantam dúvidas para Diniz em momento decisivo

Dentre os suplentes, Martinelli e John Kennedy estão na frente para ganharem vagas no time considerado titular por Fernando Diniz

FOTO: MARCELO GONÇALVES

O Fluminense iniciou a partida do último sábado com as peças que tem de melhor para Diniz, azar ou não, os onze jogadores que começaram, mais uma vez, não fizeram um bom primeiro tempo. Com um futebol empobrecido de criações e sustentado por bolas alçadas na área, duas mexidas foram feitas já no intervalo, e os efeitos não demoraram a aparecer.

Para o segundo tempo, o Fluminense voltou a campo com Martinelli no lugar de Felipe Melo e John Kennedy no lugar de Lima. Tática conhecida pelos tricolores, Diniz puxou André para a zaga para obter um poder maior de criação desde a fase defensiva, o que geralmente dá certo em situações adversas.

Entretanto, logo no início da segunda etapa, o América-MG abriu o placar num lance de desatenção do sistema defensivo do Fluminense pelo lado esquerdo. Apesar de sofrer o gol, o time, com as peças que tinha no momento, soube manter a concentração e buscou construir jogadas de pé em pé, até a bola chegar em Keno, que num lindo cruzamento achou John Kennedy para empatar o jogo.

Superioridade numérica

Se há algo para destacar com a entrada de John Kennedy é, principalmente, a superioridade numérica na fase ofensiva de criação e finalização de jogadas. Em maior parte do jogo, o setor da frente do time tinha Ganso, Arias, Keno, John Kennedy e Cano. Se no primeiro tempo nenhuma jogada levantada na área dava resultado, bastou o primeiro cruzamento de Keno, que tinha opções para escolher onde jogar a bola, dar certo.

+ Atuações ENM: John Kennedy entra muito bem e Keno é o melhor em campo na vitória do Fluminense

Além desse fator, a presença de John Kennedy foi e é importante para dividir as atenções das zagas adversárias. Para efeito de ilustração, nos últimos três jogos em que o “urso” estava disponível, foram três gols marcados por ele, dois de Jhon Arias, um de Germán Cano e outro de Samuel Xavier. Ou seja, além de ganhar uma peça importante no ataque, há uma potencialização dos números de seus companheiros, que muitas vezes se veem com mais espaço para atacar.

Pouca produtividade de um meio campo já batido

Desde que Alexsander se lesionou, Diniz procurou diversas formas de encaixar um time ideal, como sempre fez na carreira. O treinador gosta de trabalhar com onze jogadores titulares quase que de forma fixa para dar sequência ao entendimento e entrosamento. Porém, a insistência com uma trinca formada por André, Lima e Ganso não rende há algum tempo, e jogadores que vem do banco costumam melhorar o desempenho do time.

Na partida deste sábado, inclusive, Paulo Henrique Ganso voltou a mostrar um bom futebol após a saída de Lima, que deu vaga a Martinelli na posição de segundo homem no intervalo. Não por coincidência, as últimas boas atuações do time se deram quando mais da metade dos jogadores foram poupados e “novas” caras deram conta do recado, como contra o Santos e Palmeiras.

Muitas vezes, a sensação é de que o time titular está “engessado” e com movimentos já conhecidos pelos adversários que com certeza estudam o Fluminense antes dos enfrentamentos. A presença de jogadores com novas e diferentes características na maioria das situações gera o efeito de novidade, não há como se esperar a mesma forma de jogo e as mesmas ações dos onze ideais.

Escalação pode ter surpresa na Libertadores

Para a próxima partida contra o Olimpia, no Maracanã, pela ida das quartas de final, há a possibilidade de Fernando Diniz escalar um Fluminense diferente do que vem se mostrando nos últimos jogos em que entra com o time considerado titular. O jogador com mais possibilidade de perder a vaga é Lima, que há algum tempo não consegue desenvolver performances que justifiquem seu lugar no início dos jogos.

Martinelli larga na frente para tentar roubar a vaga, e existe uma remota chance da volta de Alexsander, que já está apto para jogar, mas não entrou no jogo contra o América e está sendo preparado para a partida de volta, no Defensores Del Chaco.

John Kennedy vive sua melhor fase desde que subiu ao profissional, porém, a disputa é com os principais jogadores do time, e por isso deve acabar ganhando chances apenas no segundo tempo.

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