Desde que se conheceram, em 2009, Alisson e Lisley sabiam que eram rivais, mas isso não foi empecilho para o amor dos dois. Mas, se o Atlético já juntou muito casais, também já foi motivo de muitas brigas entre eles. Parafraseando o mestre Vander Lee: isso tudo porque ele é Galo e ela é Cruzeiro.
Os dois se conheceram ainda no colégio, e começaram a namorar em 2010. Depois de 10 anos, muitas histórias e uma “intimação” de Lisley, se casaram em janeiro de 2020.
Tanto Alisson quanto Lisley sempre foram apaixonados por futebol, por influência de suas famílias. Desde o início do namoro faziam questão de acompanhar os jogos juntos, mas muitas vezes a rivalidade entre os times falava mais alto e gerava muita provocação entre o casal.
“Depois a zoação foi tanta que a gente chegava a brigar e não podia assistir jogos juntos. Na grande maioria das vezes eu que zoava ela”, conta Alisson ao Esporte News Mundo.
“E eu não gostava muito, porque eu era daquelas que zoava, mas quando era comigo não gostava, levava para o lado pessoal, já queria brigar. Aos poucos eu fui deixando isso e foi voltando as brincadeiras, eu fui voltando a zoar ele também”, completa Lisley.
Depois de tantos anos de relacionamento a rivalidade não passava apenas de brincadeiras, até um momento histórico para o Atlético, e também para Alisson, que quase acabou com o namoro dos dois: a final da Copa Libertadores de 2013, quando o Galo conquistou o título histórico.
“Eu liguei para ela para dar boa noite, mesmo de madrugada, e ela falou assim ‘jogo comprado’. Ah, para quê. O jogo foi na quarta, na quinta eu viajava para Várzea da Palma para a festa da cidade, que dura quatro dias, é a melhor festa da cidade. Perdemos a quinta e sexta daquele ano porque ficamos brigados, a gente não queria nem conversar. Mas eu também estava zoando bastante, o Galo tinha acabado de ser campeão né”, relembra.
E para quem pensa que deixariam de lado a rivalidade no dia do casamento, se enganou. Alisson queria colocar 9X2 no solado do sapato, em referência a goleada do Atlético sobre o Palestra Itália, hoje Cruzeiro, em 1927. Lisley também quis provocar o marido e colocar 6X1 na sandália, lembrando da goleada celeste em 2011, mas teve um imprevisto. “O vestido ia tampar, então eu falei ‘não pode ter só o 9X2’.”
Apesar das diferenças em campo, o amor fala mais alto quando o quesito é a companhia um do outro, e eles deixam a rivalidade de lado para estarem juntos, mesmo que isso signifique ir ao jogo do maior adversário.
“Eu gosto muito, ele também, nós somos a companhia um do outro, temos que ir um com o outro no estádio. Eu vou com a camisa preta, não vou com a camisa do Galo não. Ele vai com a camisa azul e a gente se diverte assim. A gente vai para apoiar, cada um com seu time” conta Lisley.