Um dia depois da confirmação da morte do ex-jogador Gianluca Vialli, vítima de um câncer no pâncreas, o técnico da seleção italiana e grande parceiro de Vialli dentro e fora de campo, Roberto Mancini, se manifestou à imprensa sobre a tristeza com a notícia. Vialli tinha 58 anos e, junto com Mancini, protagonizou momentos históricos na Sampdoria entre o final dos anos 1980 e começo dos anos 1990, além de estarem juntos na comissão técnica no título da Euro conquistado pela Squadra Azzurra em 2021. O treinador falou sobre a última visita, no último dia 29 de dezembro.
“Era um irmão mais novo, como eu gostava de lhe chamar, e nos conhecemos quando tínhamos 16 anos e nunca mais nos separamos. Na última visita, ele estava sem forças, com pouca voz, mas muito lúcido. Um leão até o fim e eu esperava um milagre. Conversamos sobre tudo e ele até me perguntou como foi o estágio de dezembro com os jovens jogadores da seleção. E, agora com a seleção, vamos continuar o pensamento dele. Poucos dias depois da morte de Siniša Mihajlović, perdi outro irmão.”
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Roberto Mancini falou sobre a trajetória com o companheiro de ataque (dupla conhecida nos tempos de Sampdoria como “gêmeos do gol”) e relembrou as decepções e alegrias vividas ao longo dos últimos 35 anos.
“Fizemos todo o caminho juntos. Categorias de base da seleção, a equipe principal, a Sampdoria, as alegrias, as dores, os sucessos e as derrotas. Depois, as duas noites em Wembley. Em uma, choramos juntos pela dor e pela amargura, muitos anos atrás. No outro, choramos de alegria, como se estivéssemos unidos pelo destino, antes de sua morte. Nós nos separamos depois da Sampdoria, mas, quando somos amigos, somos amigos para sempre. Luca para mim foi isso. O nosso relacionamento sempre foi de muito respeito, carinho, amor e amizade.”
Quem também se manifestou sobre a morte do ex-centroavante foi a mãe de Roberto Mancini, Marianna Puolo. Ela lamentou a morte de alguém que viu crescer junto com seu filho, afirmou não ter palavras para descrever o que sente e citou o momento ruim de Mancini ao ver as mortes de Mihajlović, de um amigo de infância e de Vialli em um curto espaço de tempo.
“Gianluca foi como um filho para mim, obviamente sem tirar nada de sua mãe que está sofrendo muito neste momento. Todos sabem do forte vínculo que sempre uniu meu filho ao Gianluca. A dor que sentimos é imensa e não ouso imaginar o que seus familiares estão sentindo. Acompanhamos Gianluca junto com Roberto desde os tempos de Sampdoria, praticamente o vimos crescer, no momento também é difícil encontrar palavras. Estamos todos tristes, é realmente um sentimento muito difícil. Em pouco tempo, meu filho perdeu Gianluca, Siniša e um querido amigo de infância.”
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Gianluca Vialli será enterrado nesta segunda-feira (9), em Londres/ING, onde viveu os últimos dias de sua vida.
