Apresentado neste sábado (27) de forma oficial, no CT Carlos Castilho, o técnico Roger Machado, que assinou por 2 temporadas com o Fluminense, concedeu entrevista coletiva e falou pela primeira vez como treinador do clube.
Roger comentou sobre o sentimento de treinar um time que possui tamanha identificação e afirmou que dará continuidade ao bom trabalho feito por Marcão.
– Confesso que esse momento era esperado por mim há muito tempo. Estar sendo anunciado como treinador do clube depois de ter tido uma parte importante da minha vida aqui dentro da instituição. É um prazer muito grande para mim. Sei o desafio e o tamanho da responsabilidade que tenho nas minhas mãos, mas tenho certeza que dando continuidade ao trabalho que tem sido feito, nós temos a possibilidade de seguir construindo a história do clube com conquistas e histórias marcantes que sempre estiveram presentes na história desse clube – disse.
A pauta sobre os desafios do calendário também esteve presente. Roger Machado também abordou a forma como a sua comissão técnica assumirá o trabalho e como colocará em prática seus conceitos.
– O maior desafio nessa temporada, mesmo com a falta de interrupção dela, é conseguir dar uma qualidade no treinamento. Eu tenho certeza de que pela forma que a temporada acabou, com Marcão à frente fazendo trabalho brilhante junto com Ailton, eu encontrei muita similaridade do que vinha sendo feito e com que a gente tem como filosofia do trabalho. Essa é a parte positiva, de você encontrar já um caminho construído. Por parte da comissão nova, é a inteligência de poder entender esse processo com pouco tempo de treinamento e gradativamente você inserir alguns conteúdos para ter o colhimento mais apropriado de acordo com a filosofia de quem está chegando – afirmou.
Ao ser veiculado pela imprensa que Roger seria o nome para a temporada 2021, parte da torcida tricolor demonstrou certa desconfiança a respeito dele. O comandante explicou o porque disso acontecer.
– Primeiro que não há unanimidade no futebol brasileiro, né. Segundo, que para mim é o mais importante, são que existem alguns rótulos e algumas narrativas em torno da profissão de treinador de futebol. Hoje no Brasil, só que tem a ‘aprovação’ de todos é o treinador revelação da temporada, que já fui eu, o Jair Ventura, o Tiago Nunes… e nos considerados insucessos nos seus trabalhos posteriores surgem a desconfiança natural. E o sucesso, na verdade, depende das expectativas criadas pelos trabalhos em que você está inserido e da resposta que o ambiente espera que você dê. E isso varia de acordo com quem está avaliando o trabalho dos treinadores. No geral, com exceção dos técnicos revelação e dos estrangeiros que chegam no para trabalhar no país, todos os outros têm um certo nível de desconfiança. Mas tenho visto a aceitação do torcedor comigo, acho que pela minha capacidade como treinador e por minha história no clube. Mas sabemos que quando a bola rola, vou ser julgado pelos resultados de campo – comentou.
O novo técnico do Tricolor das Laranjeiras não escondeu como o time do Fluminense jogará e afirmou que o torcedor vai se sentir representado dentro de campo.
– Para mim o time tem que ter a cara que o torcedor deseja em ser representando dentro de campo. Um time competitivo, e acima de competitivo, um time que saiba jogar um bom futebol. Com conceitos atuais e modernos, que o futebol brasileiro e mundial estão cada vez construindo mais com suas linhas próximas. Com agressividade dentro do campo de ataque sempre buscando o gol. Um esquema ele parte, sobretudo, da qualidade do material humano que você tem a disposição. O que eu tenho visto nos jogos e nos dias que aqui estou, nós temos a capacidade de não só ter uma forma de jogar, mas construir alternativas que te permitem sobrepor as dificuldades que o jogo vai apresentar. A gente vai construir uma equipe que a maior parte do tempo vai buscar a vitória e o torcedor vai se sentir representado dentro de campo – disse.
Classificado após um jejum de 8 anos o Fluminense disputará a Libertadores nesta temporada e Roger – que já atuou como jogador e treinador na competição – disse estar preparado para este desafio.
– Me considero um profissional com experiência em Libertadores, tanto como jogador quanto como treinador. É uma competição que todos desejam disputar. Observando a forma como encerramos a última temporada, o nível de futebol, nos dá um otimismo muito grande. Nós criamos uma expectativa muito boa para essa Libertadores que vamos disputar, sabemos que temos força necessária para vislumbrar um futuro mais longo nessa competição. É uma competição dura, mas temos muita chance de poder estar novamente disputando fases importantes e até uma final – afirmou.
Maior fonte de renda e de talentos do Fluminense, Xerém não podia faltar na apresentação do novo treinador. Roger Machado explicou como utilizará a base do clube.
– Eu sempre busquei trabalhar com uma categoria que ela fosse uma categoria de passagem para o profissional. O que entendo, que os jogadores cada vez mais jovens estão sendo lançados no profissional, muitos deles ou já estão amadurecidos, porém emocionalmente não completamente desenvolvidos, outros emocionalmente envolvidos, mas tecnicamente precisando de uma lapidação. A gente sabe que à medida que esses meninos são lançados no profissional, quando são colocados na arena, sobretudo, o ambiente vão pressioná-los. Alguns deles vão conseguir, mas outros tantos talentos podem ser perdidos nesse processo. Ao me deparar com essa estrutura já montada no Fluminense, eu consigo estar junto está próximo aos meninos. O atleta precisa de continuidade de performance para continuar se desenvolvendo. Ela vai se dar no treino e no jogo. Se você passar um jogador jovem só treinando ele não vai se desenvolver. Trabalhar com jogadores jovens para mim é muito importante – esclareceu.
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