Fluminense

Roger reconhece erros de defesa e sobre reforços para a temporada revela: ‘Algumas questões em um estágio relativamente avançado’

Roger analisa atuação do time e revela estágio avançado em relação a esforços
Foto: Lucas Merçon/FFC

Após partida entre Fluminense e Vasco, nesta terça (30), no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, o técnico Roger Machado concedeu coletiva de imprensa e comentou o empate por 1 a 1 no clássico. Roger ainda fez um balanço sobre possíveis erros do Fluminense, o que ele fez para melhorar o jogo no segundo tempo e ainda o que pode completar para evoluir nos próximos jogos:

– Eu vejo que foi um primeiro tempo equilibrado, os números mostram esse equilíbrio. Eu penso que no momento em que nós tomamos o gol, talvez nós estivéssemos num melhor momento na partida. Porém, a gente estava se equivocando em algumas tentativas de saídas pelo centro do campo. – falou sobre a primeira etapa do jogo.

– O Vasco estava fazendo uma pressão nos nossos laterais quando a bola chegava e a gente, em alguns momentos, não conseguia construir devolvendo a bola para o Vasco nos contra atacar. Com as alternativas de intervalo, com a mexida colocando o Biel (Gabriel Teixeira) no time, o objetivo era a gente ter uma vitória pessoal pelo lado, levar nosso time à frente pela velocidade como aconteceu no segundo tempo, no momento em que nós controlamos o gol a partir do momento em que fizemos o gol. – comentou sobre a pressão do Vasco e como tentou reverter com as mudanças em campo.

– No final do jogo, o jogo teve uma característica muito parecida com o último jogos que nós tivemos em que a gente ao retomar a bola no ataque, não finalizávamos a jogada e sofremos o contra-ataque muitas vezes. Eu tenho que buscar o equilíbrio defensivo na hora que eu estou atacando, ou pela troca do sistema ou pela alteração de característica de alguns jogadores. Mas o que eu vejo é que, sobretudo, nos momentos mais contundentes em que nós estamos quase dentro da área do adversário, nós estamos um pouco desprotegidos também por número de jogadores que nós colocamos a frente da linha da bola. Esse é um equilíbrio que vai precisar ser buscado a partir desse momento. – completou Roger.

Confira outros trechos da coletiva

Possíveis reforços para a sequência da temporada no Fluminense

– A gente tem feito duas a três reuniões por semana. Não é tão fácil as questões de acerto e prospecções de jogadores do mercado. Nós já estamos com jogadores mapeados e discutindo algumas questões e algumas delas em um estágio relativamente avançado esperando resposta concreta. Mercado está agitado. Estamos trabalhando muito para definir algumas questões para que os reforços cheguem para encorpar o grupo para a sequência do Carioca e para a Libertadores que começa daqui a pouco. – revelou.

Pressão na saída de bola do adversário

– Precisamos definir melhor quais serão esses gatilhos de pressão. Ou serão pela bola ruim, bola mais longa, passes trocados mais longos entre os zagueiros, ou quando eles entrarem em corredor lateral… Sobretudo, precisamos compactar mais o time no gol adversário quando estamos pressionando dentro do campo. E escolher o melhor momento de pressionar. Muitas vezes o que aconteceu nessas ocasiões que o Vasco conseguiu sair foi justamente que nós descolamos nossos dois atacantes da linha defensiva para pressionar, mas não escolhemos o melhor momento e subimos com poucos jogadores para dentro do campo. À medida que você vai pressionar o adversário, a pressão tem que ser feita e não pode ser interrompida. – analisou Roger.

Roger ainda completou:

– Às vezes você afrouxa um pouquinho a pressão dentro do campo de ataque e está com seis, sete jogadores pressionando o adversário, se ele conseguir sair, há grande chance de ele atacar sua linha. Porque sobrepôs seis ou sete jogadores da linha de pressão. Então é trabalhar melhor esses momentos, esses gatilhos: bola no corredor lateral, bola ruim, bola longa ou determinado jogador que identifiquemos que possa ter dificuldade quando for pressionado. Sobretudo é compactarmos melhor no sentido vertical e horizontal do campo, para termos mais jogadores no setor que a bola está e, por consequência, ter mais chance de roubar.

Poucas finalizações e falha nelas

– Com a mexida, sobretudo de Biel, Kayky e John, que são jogadores mais jovens, levamos para dentro de campo espontaneidade, irreverência e vitalidade, mas também levamos ansiedade da juventude. Por vezes tomam decisões equivocadas. No momento do drible às vezes dá um passe, no momento do passe às vezes chuta, no momento do chute às vezes segura a bola. É importante darmos rodagem a esses jogadores para eles irem identificando esses momentos. O que eu salientei em uma jogada que o Kayky jogou na frente de um zagueiro do Vasco e ainda tentou mais um drible em diagonal foi “finaliza a jogada”, permita que possa haver ao menos um rebote do goleiro e que um jogador, na sequência da jogada possa terminá-la.

– Ou que, pelo menos, ao errar a finalização, você ceda um tiro de meta ao adversário, mas não um contra-ataque. Em alguns momentos nossas jogadas foram interrompidas por decisões erradas na hora de escolhê-las e proporcionamos ao adversário ficar com a bola e nos contra-atacar. Essas decisões só a maturidade vai dar, com uns ajustes táticos específicos, mas há algo sim a corrigir. A menor oportunidade que eu tenha de finalizar eu tenho que acabar com a jogada. Tem a parte emocional do jogo. Não adianta ficar muito tempo com a bola se você não finaliza ao alvo do adversário. Isso dá segurança e certeza ao adversário que a estratégia dele está funcionando. A posse de bola é meio, não pode ser fim para nada. – completou.

Contra-ataques do adversário sobre o Fluminense

– A forma como a gente ataca determina a forma como a gente defende. Se já temos dois jogadores à frente, um meia-atacante, um volante que passa da linha da bola. Se eu tiver os dois laterais em amplitude completa ao mesmo tempo, automaticamente vou ter três ou quatro jogadores para as transições. É muito pouco. Não vou conseguir pressionar o adversário de frente, vou acabar correndo na direção do meu gol quando perder a bola. Esse equilíbrio, sobretudo, eu terei que encontrar.

– Ou pela troca do sistema ou pela troca de característica de algum jogador, para que consigamos atacar com um volume bom de jogadores, consiga continuar criando as oportunidades, mas que não soframos contra-ataques como nós estamos sofrendo. Estamos parecendo que estamos fazendo uma briga de rua. Não podemos ceder para os adversários tantos espaços como estamos deixando. Não vai ser a todo momento que o adversário não vai ter êxito em um contra-ataque com tantos jogadores. – terminou Roger.

Na próxima rodada, o Fluminense enfrenta o Macaé, a princípio, dia 3 de abril. A partida ainda está para ser confirmada por conta das medidas de restrição contra a covid-19.

+Nino comenta a atuação do Fluminense em empate contra o Vasco: ‘O ideal era a vitória, mas a gente não pode lamentar’

Siga o Esporte News Mundo no Twitter, Instagram e Facebook.

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo