Uma das provas mais charmosas e clássicas do calendário de 2023 nos rendeu uma classificação de tirar o folego. Perez pressionado, espectativa sobre os donos da casa, Lewis Hamilton iria ao Q3? Alpine se manteria competitiva? Todas essas eram indagações para essa qualificação.
O Q1 pode ter assustado o fã mais casual, já que Albon disputava décimo a décimo com Max Verstappen, mostrando que a simplicidade nas linhas e no assoalho da equipe Williams lhes dá uma enorme vantagem em pistas de alta.
As maiores surpresas da primeira parte de qualificação foi a eliminação precoce de Pierre Gasly e Estebán Ocon, onde a francesa Alpine não manteve o ritmo que a colocou no pódio em Zandvoort e parece ter um setup com muita pressão aerodinâmica para Monza.
Com Yuki Tsunoda em quarto e Logan Sargeant em sexto, a frente de Piastri, Norris, Hamilton e Russell, todos imaginavam que o Q3 poderia ter pilotos que geralmente não chegam tão longe em classificação.
Sofrendo com voltas deletadas, o criticado Lance Stroll larga de ultimo, perdendo mais um quali para seu companheiro Fernando Alonso.
Os eliminados foram: Zhou, Gasly, Ocon, Magnussen e Stroll
O Q2 colocou as coisas na normalidade. Sargeant foi o 15o e Tsunoda bateu na trave para avançar de fase.
Entre os maiores destaques temos Sainz e Leclerc andando muito próximos de Max Verstappen, uma McLaren oscilante em desempenho e um Liam Lawson surpreendendo bastante ao andar em um ritmo muito superior a Daniel Ricciardo e muito próximo a Yuki Tsunoda.
Com tudo dentro dos “conformes”, os eliminados foram: Tsunoda, Lawson, Hulkemberg, Bottas e Sargeant.
Os 10 minutos decisivos se aproximavam, quem larga na frente? Leclerc seria herói em Monza novamente?
Uma briga secundarizada foi a de quem buscaria a P4. Já escrito que a pole ficaria com Verstappen ou com uma das Ferrari, o P4 seria o lugar a ser almejado. Sergio Perez querendo espantar a má fase e de quebra servindo de escudeiro era o mais forte a esse lugar, mas, ainda tínhamos Alexander Albon com um ritmo impressionante o fim de semana todo, Lewis Hamilton de contrato novo e querendo mostrar serviço.
Ainda na briga, as duas McLarens com um carro pouco constante e um Alonso pouco inspirado buscavam uma melhor colocação, mas sem muitas espectativas,
Sainz conseguiu colocar 040s em Verstappen durante as primeiras duas tentativas e Leclerc se via em terceiro, menos de meio segundo atrás dos dois.
2:50 minutos para o fim do treino, apenas quatro carros saem, as duas Ferrari, “Super Max” e o azarão George Russel com o objetivo de ser “melhor do resto.”
Leclerc sai primeiro, faz os dois primeiros melhores setores e fecha com 1:20:361, mais rápido que qualquer outro carro na sessão.
Mas o fenômeno holandês não se deu por vencido, foi mais lento no primeiro setor, mas desbancou o monegasco no segundo e terceiro, para fazer 1:20:307 e por milésimos assumir a pole provisória.
O azarão daquele trio, que nem sua volta com onboard pudemos ver, desbancou verstappen nos setores 2 e 3, e com uma volta silenciosa e veloz, o “Smooth operator” surpreende todo mundo e marca sua quarta pole na carreira: 1:20:294.
A torcida ferrarista vai a loucura, Sainz que é um pouco frio com a equipe por entender que tem tratamento inferior a Charles Leclerc, faz um cumprimento protocolar com os engenheiros e se joga na torcida para comemorar uma pole na casa da Ferrari, um sonho para qualquer piloto.
Ao final do treino, as posições de largada são as seguintes:
1) Carlos Sainz Jr. (Ferrari)
2) Max Verstappen (Red Bull)
3) Charles Leclerc (Ferrari)
4) George Russell (Mercedes)
5) Sergio Pérez (Red Bull)
6) Alexander Albon (Williams)
7) Oscar Piastri (McLaren)
8) Lewis Hamilton (Mercedes)
9) Lando Norris (McLaren)
10) Fernando Alonso (Aston Martin)
11) Yuki Tsunoda (AlphaTauri)
12) Liam Lawson (AlphaTauri)
13) Nico Hülkenberg (Haas),
14) Valtteri Bottas (Alfa Romeo)
15) Logan Sargeant (Williams)
16) Zhou Guanyu (Alfa Romeo)
17) Pierre Gasly (Alpine)
18) Esteban Ocon (Alpine)
19) Kevin Magnussen (Haas)
20) Lance Stroll (Aston Martin)